A mídia está passando por uma “quebra de paradigmas”, diz Heródoto Barbeiro
Barbeiro acredita que uma das
características dessa mudança é que hoje “todas as pessoas ganharam o
poder não só de serem receptores, mas também de serem transmissores. Ou
melhor, qualquer cidadão, hoje, pode ser um jornalista. Claro, desde que
ele siga os princípios básicos da ética jornalística”.
Segundo ele, o que vivemos hoje é uma ampliação das possibilidades de emissão da notícia.
“Nós quebramos aquela estrutura em que você tinha quatro ou cinco
emissores e milhões de receptores, para que a gente possa ter milhões de
emissores, que podem ser blogs, sites, Facebook ou qualquer outra
página na internet”, considera.
No entanto, a introdução dessas
mudanças e a chamada “quebra de paradigmas” trazem desvantagens.
Heródoto Barbeiro cita um exemplo: “Algumas pessoas acham que isso [a
confluência de mídias] aumentou a velocidade com a qual as notícias são
expostas, principalmente na internet, e elas são feitas sem apuração.
Mas o fato de a notícia ser rapidamente exposta na internet não dá o
direito a nenhum grupo na internet, a nenhum site, a nenhuma página, de
publicar alguma coisa que não foi checada ou apurada corretamente”.
Barbeiro participará do Painel
IV do mídia.JOR – “Caminhos da notícia: desafios da cobertura 24
horas”. “É uma possibilidade de fazermos esse debate no momento em que a
mídia, de uma maneira geral, está passando por uma quebra de
paradigmas, com o advento da internet e das redes sociais”, afirma. O
jornalista destaca, no entanto, que este é um processo que está em
andamento, mas, justamente por isso, “nada mais oportuno do que a gente ter a oportunidade de discutir a respeito disso”.
portalimprensa
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