Paraíba registra aumento de 188% em homicídios a jovens
Com uma taxa de 21,6 assassinatos por 100 mil habitantes e um
crescimento no número de homicídios de 188% de 2000 até hoje, os dados
apontam para a necessidade imediata de uma mudança nos Serviços de
Segurança Pública.
Um dado que chamou a atenção do sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz,
coordenador da pesquisa, foi quanto os homicídios de jovens representava
no total de mortes. Em 1980, eles eram pouco mais de 11% dos casos de
assassinato. Já em 2010, 43%.
“Os homicídios de jovens continuam sendo o calcanhar de aquiles do
governo. Esse aumento mostra que criança e adolescente não são
prioridade dos governos”, disse.
Entre os Estados em que houve maior aumento dos assassinatos de
jovens estão Alagoas, com uma taxa de 34,8 homicídios por 100 mil
habitantes, Espírito Santo (33,8) e Bahia (23,8).
Segundo Waiselfisz, vários fatores influenciam o aumento em determinadas regiões. Um deles é a interiorização dos homicídios.
“Antes, a maior parte dos crimes acontecia nos grandes centros.
Agora, com a melhor distribuição de renda, houve uma migração da
população e os governos não conseguiram implantar políticas públicas
para acompanhar essa mudança”, disse.
Os Estados que apresentaram as menores taxas foram Santa Catarina, (6,4), São Paulo (5,4) e Piauí (3,6).
Para Alba Zaluar, antropóloga da Universidade Estadual do Rio, os
dados devem ser analisados com “cuidado”, já que entre 2002 e 2010 houve
uma melhora na qualificação das estatísticas sobre mortes. Ou seja,
casos que antes constavam como “outras violências” nos dados oficiais
passaram a ser homicídios.
“É muito complicado falar do aumento de mortes por agressão no Brasil como um todo”, afirmou Zaluar.
Com o UOL
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