Vereadores acabam sessão no cacete
Depois dizem que mundiça só tem
no Nordeste. Tem não. No sul e norte é que tem. Vejam esta. Durante uma
sessão da Câmara Municipal de Criciúma, no Sul de Santa Catarina,
vereadores trocaram socos, pontapés e empurrões. A Polícia Militar (PM)
precisou intervir por volta das 18h30 deste sábado (29).
O motivo da discussão foi a votação do Projeto de Lei 137,
encaminhado pela Prefeitura Municipal. De acordo com o Projeto, a
Prefeitura pediu o parcelamento de uma dívida de R$ 7 milhões ao
Criciúma Prev, o Instituto de Seguridade Social dos Servidores
Municipais de Criciúma. A primeira sessão extraordinária foi no dia 26
de dezembro, mas foi cancelada pelo presidente da Câmara, Antônio Manoel
(PMDB), pois houve tumulto.
No dia seguinte, dia 27, uma nova sessão foi marcada e a Polícia
Militar foi convocada para inibir uma possível manifestação entre os
servidores, contrários a aprovação do parcelamento, e os vereadores, que
precisavam votar o projeto. A sessão foi cancelada novamente e
remarcada.
Neste sábado (29), o presidente da Câmara estava ausente. Já o
secretário, Vanderlei Zilli (PMDB), que deveria presidir em seu lugar,
não foi convocado. Assim, o vereador mais votado, Edison do Nascimento
(PSD), presidiu a sessão. A oposição questionou a presidência, alegando
não haver uma legislação específica que apontasse que o vereador mais
votado deve presidir a Câmara. Enquanto Edison do Nascimento lia o
projeto, o vereador Douglas MatTos (PCdoB) rasgou o documento. Por sua
vez, Edison continuou a leitura de uma cópia, enquanto os vereadores
João Fabris (PMDB), Izio Inácio Hulk (PSDB) e Douglas Mattos (PCdoB)
trocavam socos, pontapés e empurrões.
De acordo com comandante da PM Márcio Cabral, os policiais foram
chamados para inibir uma possível manifestação entre servidores e
vereadores e não esperavam a discussão entre os membros da Câmara. "Foi
algo totalmente inusitado. Felizmente não houve lesões, apenas
tentativas de agressão e discussões, mas não esperávamos essa reação",
afirmou Cabral. A votação foi encerrada com a aprovação do projeto.
Porém, a oposição questiona a validade da sessão. Ainda conforme o
comandante, a PM fará uma relatório que será encaminhado à 6ª Região de
Polícia, mas o caso deve ser investigado internamente, na Câmara
Municipal. Até as 20h deste sábado (29), nenhum vereador havia
registrado Boletim de Ocorrência.
Veja a bagunça
Com o blogdotiaolucena.
Nenhum comentário: