Em 13 dias, chove 60% da previsão para maio
Índice pluviométrico da capital chegou a 51,8 milímetros, segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas.
Durante cinco horas ontem, a chuva causou
transtornos a moradores de João Pessoa. Houve pontos de alagamentos,
trânsito lento e equipes municipais precisaram intensificar ações para
solucionar os problemas. Técnicos da Defesa Civil monitoram áreas de
risco, mas não houve ocorrências graves. A previsão é que continue
chovendo na cidade ao longo do dia de hoje.
De acordo com a meteorologista da Agência Executiva de Gestão das
Águas (Aesa), Marley Bandeira, das 9h às 16h de ontem, o índice
pluviométrico da capital chegou a 51,8 milímetros. Com isso, subiu para
167,6 milímetros a quantidade de chuva que caiu na cidade desde o último
dia 1º de maio.
A previsão é que esse volume alcance o total de 280 milímetros até o
dia 31 de maio. Por conta disso, Marley Bandeira observa que, em apenas
13 dias, já choveu cerca de 60% do total esperado para os 31 dias do
mês. Apesar disso, a especialista observa que as chuvas ocorridas ontem
são normais e estão dentro da média. “Está chovendo em toda a região
leste do Estado. João Pessoa está em pleno período chuvoso, que começa
em abril e só termina em julho. Por isso, essas chuvas já eram
esperadas”, afirmou.
A Aesa já previa essa quantidade de chuva intensa desde a noite da
última segunda-feira, quando emitiu um alerta para as equipes da Defesa
Civil instaladas no Estado. A finalidade foi evitar maiores transtornos e
deixar os técnicos de prontidão para atender eventuais chamados graves.
Em João Pessoa, servidores do governo municipal começaram desde cedo a
fazer inspeções em áreas de risco.
“Estivemos em alguns locais onde houve pontos de alagamento.
Acionamos equipes da Seinfra (Secretaria de Infraestrutura) e da Emlur
(Autarquia Especial de Limpeza Urbana) para fazer algumas correções e
reduzir a quantidade de água acumulada”, disse o coordenador da Defesa
Civil de João Pessoa, Francisco Noé Estrela.
Ainda de acordo com Noé, em João Pessoa existem 31 áreas consideradas
de risco, com moradias próximas a rios e barreiras. A cada período
chuvoso, essas comunidades sofrem com alagamentos. No entanto, os danos
causados ontem foram menores.
“Realizamos ao longo dos anos alguns serviços preventivos, como
retirada de lixo, limpeza de galerias, remoção de vegetação, dragagem
de rios e isso fez com que os transtornos fossem reduzidos. No São José,
por exemplo, mesmo estando perto de um rio, não houve alagamento
ontem”, destacou Noé.
LAGOA
Já em outros pontos da cidade, a população enfrentou ruas e calçadas
quase totalmente cobertos pela água. A Lagoa do Parque Solon de Lucena,
por exemplo, que está passando por serviços de dragagem, ficou com o
anel interno tomado por lama. Pedestres e até veículos tiveram que
redobrar os cuidados ao trafegar pelo local.
Na rua Heraclito Cavalcanti, no Tambiá, a água empoçada formou uma lâmina de quase 20 centímetros de altura.
De acordo com a Aesa, a previsão é que as chuvas continuem em João Pessoa durante o dia de hoje.
Nathielle Ferreira/jornal da Paraiba
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