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NOTA ZERO PARA OS GOVERNANTES; Leia coluna do professsor Josa
sexta-feira, 20 de maio de 2011 Posted by Silvano Silva ✔

“Nota zero para os governantes!”, disse a professora Amanda Gurgel, de Natal (RN) durante audiência pública com os deputados Potiguares. A professora Amanda está afastada de sala de aula por problemas de saúde adquido durante sua vida de trabalho e dedicação a educação. Com seu contracheque em punho ostentando um mísero salário de R$ 930, em pleno plenário da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte desabafou e disse de sua insatisfação com os políticos que nada fazem pela educação no Brasil, com raras exceções. “Com esse salário os senhores deputados não conseguiriam pagar a indumentária que usam para estar aqui”, disse a professora. “Salas de aula superlotadas, com os alunos entrando a todo momento com uma cadeira na cabeça? Não dá”, desabafou Amanda Gurgel, que disse ainda que tudo que falou não passa de uma descrição da rotina dos professores e professoras por esse Brasil afora. Com esse depoimento a professora se tornou o mais novo hit da internet, com um vídeo de mais de 100 mil acessos. Na verdade o que fez a professora Amanda foi puramente ser real e dizer o que muita gente não tem coragem. A educação no Brasil nunca foi objeto de sérias discussões por parte da maioria dos governantes. Atualmente estamos nos deparando constantemente com depoimentos e reportagens mostrando a cara da educação no Brasil e os problemas não se limitam apenas ao salário dos professores e a infraestrutura de escolas, mas vão muito além das fronteiras dessa discussão. O caso da merenda é apenas uma ponta do iceberg. Na Paraíba um professor efetivo da rede estadual percebe 700, 00 (setecentos reais), com as gratificações passa dos R$ 900. Já ao mesmo professor do Estado denominado pro-tempore não se paga mais do que 610,00 (seiscentos e dez reais), pois o governo ainda continua pagando R$ 510 mais R$100 de gratificação e o pro-tempore faz o mesmo trabalho do efetivo em sala de aula. Parece que no Brasil se brinca de fazer educação. Criaram uma lei federal denominada de Piso Salarial Nacional para os professores e estabeleceram 40 horas de trabalho para o professor perceber o piso, todavia os governantes entendem que pagar o piso é pagar o teto e se limitam a proporcionalidade salarial, inclusive indo de encontro à lei e incorporando gratificações no vencimento dos professores. Os países desenvolvidos, a exemplo do Japão e Coreia do Sul souberam discutir e implantar uma educação com seriedade, privilegiando o profissional da educação com um digno salário, a escola com uma digna infraestrutura, inclusive tecnológica, uma disciplina escolar e forte investimento na profissionalização do professor e na educação. No Brasil, repito, parecem querer brincar de fazer educação para os pobres. As escolas brasileiras provam isso. Com a criação do chamado IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira), a maior preocupação é com a não reprovação, a não evasão e em levar o aluno a tirar a maior nota em matemática e português, mesmo que ele nada saiba e nada tenha em casa de instrumentos tecnológicos e educacionais em seu favor. A qualidade na educação já não é mais o fundamento. Conta-se o número de alunos pobres com computador em casa ligado a internet no Brasil, não obstante existir um imposto direcionado para o governo federal ( o COFINS) investir na socialização da internet banda larga. Faço minhas as palavras do jornalista Alexandre Garcia.” É notório que o conhecimento vem pela educação na escola, em casa e na vida. E é óbvio que a raiz de tudo está na capacidade de se comunicar, na linguagem escrita que transmite e difunde o conhecimento e o pensamento. Isso é o que diferencia o homem dos outros animais. A educação liberta e torna a vida melhor, nos livra da ignorância, que é a condenação à vida difícil. Quem for nivelado por baixo terá a vida nivelada por baixo”, disse, referindo-se a importância da educação em nossa vida. O que a professora Amanda Gurgel fez no plenário da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte, foi para nos convocar a luta e percebermos que a educação no Brasil precisa tomar novos rumos e os nosso governantes precisam fazer o seu dever de casa com a educação. A China que estava há poucos anos atrás do Brasil cresce atualmente a 10% do PIB ao ano com educação rígida, tradicional, competitiva e premiando o mérito. No Brasil o remo está sendo guiado ao contrário. Nota zero para os governantes.


Professor Josa
Mari, 20 de Maio de 2011.


Silvano Silva ✔

Obrigado pela visita!

1 Comments:

  1. FOME ZERO EDUCAÇÃO ZERO ALUNO ALIENADOS E ANALFABETIZADOS PELA BOLSA ESMOLA...

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