Ronaldo Cunha Lima construiu quase 50 anos carreira política

Ronaldo José da Cunha Lima nasceu na cidade de Guarabira, Brejo
paraibano, em 18 de março de 1936. Formado em Ciências Jurídicas, ele
era casado com Maria da Glória Rodrigues da Cunha Lima e tinha quatro
filhos: Ronaldo Cunha Lima Filho, Cássio Cunha Lima, Glauce Cunha Lima e
Savigny Cunha Lima.
A doença do ex-governador foi diagnosticada em julho de 2011. Durante
cinco meses Ronaldo foi internado várias vezes para se tratar do câncer
em São Paulo e em João Pessoa. A última internação foi em janeiro deste
ano e, desde então, ele passava por acompanhamento médico na casa da
família na capital paraibana.
A história política de Ronaldo teve como cenário principal a cidade
de Campina Grande onde em 1959, aos 23 anos, foi eleito para o cargo de
vereador pelo PTB. Em 1963 ele foi eleito para o cargo de deputado
estadual e quatro anos depois foi reeleito.
Em 1969, no meio do segundo mandato de deputado, ele abriu mão do
cargo e se candidatou e foi eleito prefeito de Campina Grande pelo MDB.
Pouco tempo depois de assumir teve o mandato cassado pela ditadura
militar.
Após passar dez anos fora da Paraíba, Cunha Lima retornou à Campina
Grande e retomou a vida política. No ano de 1982 ele foi novamente
eleito prefeito da cidade, já pelo PMDB, e assumiu o cargo em 1983. Sua
gestão ficou marcada pela construção do Parque do Povo. Ao deixar a
prefeitura ele foi sucedido pelo seu filho Cássio Cunha Lima, que hoje
ocupa o cargo de senador e é seu principal herdeiro na política.
Em 1990, nas primeiras eleições gerais depois da redemocratização,
Ronaldo Cunha Lima foi eleito governador da Paraíba. Quando exercia o
mandato ele se envolveu no episódio mais polêmico de sua vida ao atirar
contra o seu antecessor Tarcísio Burity em um restaurante em João
Pessoa.
O atentado contra Burity foi em 1993 e ficou conhecido como ‘Caso
Gulliver’, nome do restaurante onde aconteceu o crime. O ex-governador
chegou a ser preso, mas três dias depois conseguiu a liberdade
provisória. A tentativa de homicídio foi supostamente motivada por
críticas que a vítima teria feito a Cássio Cunha Lima, que era
superintendente da Sudene. Burity sobreviveu e morreu dez anos depois
vítima de complicações cardíacas. Esse caso fez com que Ronaldo
renunciasse, em 2007, ao segundo mandato de deputado federal.
Ronaldo Cunha Lima deixou o governo estadual em 1994 pra concorrer à
eleição para o Senado Federal sendo substituído por Cícero Lucena.
Naquele ano o PMDB saiu como grande vitorioso nas urnas elegendo Antônio
Mariz para como governador e Ronaldo e Humberto Lucena como senadores.
Em 1999, quando ainda exercia o mandato de senador, Cunha Lima sofreu
um acidente vascular cerebral que o deixou com a saúde debilitada.
Isso, no entanto, não fez com que ele deixasse a vida pública e em 2002
foi eleito deputado federal. No ano de 2006 ele foi reeleito, mas em
2007 renunciou ao cargo para escapar do julgamento do ‘Caso Gulliver’
pelo Supremo Tribunal Federal
Com o ParaibaUgente
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