Saiba quanto custa se preparar para concurso

Segundo especialistas no assunto, as matérias básicas cobradas na
maioria dos concursos – Português, Raciocínio Lógico, Direito
Constitucional e Administrativo e Informática – devem ser as primeiras a
serem estudadas até seu esgotamento. Mesmo assim, alguns preferem
começar comprando os pacotes fechados específicos para determinados
concursos, o que pode não garantir resultado tão positivos no momento da
aprovação e na vida financeira.
O levantamento feito pelo SOS Concurseiro em cinco cursos
presenciais no Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo mostra que o
custo médio para o pacote com as principais disciplinas custa, em
média, R$ 1.813,40. Se o curso for feito por matéria em sala de aula ou online,
a média é um pouco maior, R$ 1.846,64. A principal diferença entre as
duas modalidades é o volume de horas/aula que é superior quando a
matrícula é fora dos pacotes. Além do gasto com as aulas, os
concurseiros também investem em material didático. Para atender às
necessidades das disciplinas básicas, o custo médio é de R$ 115,54.
Confira as comparações dos valores aqui
Planejamento
O economista Mateus Zorzaneli, deu algumas dicas de como um candidato
com uma renda hipotética de R$ 2 mil por mês e um custo de vida de R$
1,8 mil, pode se organizar com antecedência sem precisar acumular
dívidas ou interferir na rotina dos seus gastos.
Zorzaneli trabalhou com algumas possibilidades de aplicações
financeiras, levando em consideração a programação antecipada para o
início dos estudos: “Supondo a renda mensal de R$ 2 mil e gastos fixos
de R$ 1,8 mil, o indivíduo terá mensalmente uma poupança de R$ 200,00.
Se considerarmos que um curso básico esteja na faixa de R$ 2 mil, é
trivial mostrar que seria necessário comprometer todo seu salário para o
pagamento à vista ou parcelar em 10 vezes”, avalia. Como a primeira
hipótese é impossível, já que a pessoa precisa sobreviver além de
estudar, só lhe resta a hipótese de poupar.
Caso não seja possível pagar tudo de uma só vez, o economista indicou
dois produtos financeiros que são, de certo modo, populares. O primeiro
deles, a poupança, é o mais comum. No entanto, o economista alerta que
“com as modificações realizadas pelo governo na regra de remuneração, o
retorno será cada vez menor, considerando a atual politica monetária de
queda da Taxa Selic”. Assim, mesmo que isento de imposto de renda e
considerando uma taxa constante de 0,45% ao mês, o candidato terá R$
2.040,99, em 10 meses.
Segundo Mateus, a segunda alternativa seria aplicar o dinheiro em um
Certificado de Depósito Bancário atrelado ao Depósito Interbancário
(CDB-DI). Esta opção tem um retorno percentual maior: 0,57% ao mês mas
com desconto de 20% do imposto de renda. Ou seja, dos R$ 2.052,09
rendidos, R$ 2.041,67 será de retorno líquido, valor superior ao obtido
pela poupança.
Entre as duas hipóteses, o especialista aconselha a segunda. “São
apenas R$ 0,68 a mais que a primeira simulação, mas, em termos
percentuais é mais vantajoso”. Ele justifica a escolha levando em
consideração que quem aplica em poupança, em geral, perde parte da
rentabilidade por sacar o dinheiro antes de completar os 30 dias
mínimos. Por isso, mesmo com desconto do imposto de renda, o CDB-DI
ainda é a melhor opção.
Ofertas do mercado
As ofertas do mercado de concursos atendem a todos os bolsos. além
dos cursos preparatórios presenciais, há uma infinidade de cursos onlinecom
videoaulas e audioaulas, cursos escritos, apostilas, livros que
preparam para concursos específicos ou para matérias determinadas.Com
tantas possibilidades, o concurseiro pode administrar melhor o
investimento na preparação. Confira variações dos preços em cursos
pesquisados para as disciplinas essenciais:

Em relação à hora da escolha dos cursos, o economista atentou para a
preferência aos pacotes de cursos fechados como o melhor
custo-benefício. “Se puder obter ganho ao aglutinar a compra, certamente
sairá mais barato”, observa. Mateus avaliou o levantamento do SOS Concurseiroe
observou que “a aquisição do pacote com várias disciplinas é vantajosa
para o comprador, uma vez que se paga menos pela unidade da matéria, e
também vantajosa para os cursos, que conseguem um maior volume de
matrículas”.Na opinião do analista, o ideal é ter uma reserva, de modo a
poder pagar o curso à vista. “Com o dinheiro na mão, ainda é possível
conseguir desconto sobre o produto ou serviço”, recomendou Mateus
Zorzaneli.
Paraibaurgente
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