OPERAÇÃO PÃO E CIRCO II – Polícia Federal volta a cumprir mandado de busca e apreensão na Cidade de Alhandra Postado
O
Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado do Ministério
Público da Paraíba (Gaeco/MPPB), as Polícias Rodoviária Federal e Civil e
a Controladoria Geral da União estão cumprindo, na manhã desta
quinta-feira (6), dois mandados de busca e apreensão expedidos pelo
Tribunal de Justiça contra a Prefeitura Municipal de Alhandra, no
Litoral Sul da Paraíba.
A apreensão é um desdobramento da operação “Pão e Circo”, deflagrada
no dia 28 de julho deste ano para desarticular um esquema criminoso
destinado a fraudar licitações e desviar recursos públicos federais,
estaduais e municipais.
Na ocasião, três prefeitos – incluindo o de Alhandra, Renato Mendes
Leite – foram presos. As irregularidades motivaram o MPPB ingressar com
medida cautelar pedindo o afastamento dos três gestores. O pedido foi
deferido pelo desembargador Joás de Brito Pereira Filho.
Pão e Circo II
Os dois mandados que estão sendo cumpridos nesta quinta-feira (6)
também foram expedidos pelo desembargador Joás de Brito Pereira Filho,
sendo que um mandado está sendo cumprindo na Prefeitura de Alhandra e
outro, em um escritório da prefeitura localizado na avenida Epitácio
Pessoa, na Capital.
Apesar da operação ocorrida em julho, foi constatado que a Prefeitura
de Alhandra continuou a praticar irregularidades na contratação de
eventos e shows. Isso aconteceu inclusive em agosto, durante a
comemoração da festa da padroeira da cidade. Participam da operação dez
policiais rodoviários federais, dez policiais civis, três auditores da
CGU e promotores da Justiça que atuam no Gaeco.
“Operação Pão e Circo”
A operação deflagrada em julho foi o resultado de um ano de
investigações feitas Gaeco, que constatou a participação direta de
prefeitos, seus familiares e servidores públicos, além de empresas
“fantasmas” constituídas com a finalidade de desviar dinheiro público e
fraudar procedimentos de contratação de serviços para a realização de
eventos festivos (Ano Novo, São João e São Pedro, Carnaval e Carnaval
fora de época, aniversários das cidades, etc.).
As fraudes eram feitas em licitações, dispensas e inexigibilidades de
licitação, contratos com bandas musicais, montagem de palcos, som,
iluminação, comercialização de fogos de artifício, shows pirotécnicos,
aluguéis de banheiros químicos e serviços de segurança.
Vinte e oito mandados de prisão temporária; 65 mandados de busca e
apreensão; sete mandados de condução coercitiva e ordens de sequestro de
bens móveis e imóveis expedidos pelo Tribunal de Justiça da Paraíba e
pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região foram cumpridos em várias
cidades paraibanas e no estado de Alagoas.
Os prefeitos de Alhandra, Solânea e Sapé foram presos.
Mais de 40 mil gravações com autorização judicial foram feitas. As
investigações apontaram também o superfaturamento dos objetos
contratados, a inexecução dos serviços contratados e documentos forjados
atestando a falsa exclusividade de artistas e bandas para justificar
irregularmente o procedimento de inexigibilidade de licitação.
De acordo com o procurador-geral de Justiça, Oswaldo Trigueiro do
Valle Filho, o esquema era comandado por empresários dentro das próprias
prefeituras. Estima-se que, nos últimos seis meses, foram desviados
mais de R$ 65 milhões dos cofres públicos.
Os mandados de prisão temporária expedidos em julho compreenderam os
prefeitos de Sapé, Solânea e Alhandra; as primeiras-damas de Alhandra e
Solânea, além de secretários municipais de Sapé, Santa Rita e Solânea;
servidores públicos; empresários que atuam no ramo de eventos festivos e
outros servidores públicos.
Eles são acusados de falsificar documentos públicos e privados,
falsidade ideológica, crimes contra a ordem tributária (sonegação),
corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, desvio de verba pública,
lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas sedes das
prefeituras de Alhandra, Boa Ventura, Cabedelo, Capim, Conde, Cuité de
Mamanguape, Itapororoca, Jacaraú, Mamanguape, Mulungu, Sapé, Santa Rita,
Solânea e na Funjope, na Capital, além de sedes de diversas empresas
que atuam no ramo de eventos festivos, localizadas em Alhandra, Bayeux,
Conde, João Pessoa, Mari, Pirpirituba, Rio Tinto e Santa Rita, bem como
nas residências dos respectivos sócios.
ParaibaUrgentte com Assessoria do MPPB




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