Nova presidenta do TJ corta diárias e horas extras
A
presidenta do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargadora Fátima
Bezerra Cavalcanti, anunciou, nesta segunda-feira (4), seu plano de ação
para os próximos 100 dias de administração. Três pilares vão dar
sustentação a esse plano: o primeiro, de ordem orçamentária, trata-se de
ajuste da máquina administrativa e a revisão das receitas e despesas. O
segundo, voltado para administração interna no sentido de verificar a
situação de funcionamento das unidades judiciais; e o terceiro, voltado
para a sociedade, não apenas trabalhando na celeridade processual, mas
oferecendo meios alternativos de Justiça e, ao mesmo tempo, de
pacificação social.
O Diário da Justiça desta
segunda-feira trouxe as primeiras medidas de contenção de despesas. Ao
explicar as medidas, a desembargadora-presidenta disse que pretende, nos
primeiros 100 dias, fazer o enxugamento da máquina, com um levantamento
orçamentário sobre a receita e as despesas, promovendo o corte e
limitando o número de diárias, horas-extras e gastos com outros
serviços.
O segundo pilar, de acordo com
desembargadora Fátima Bezerra, será de ordem operacional. A proposta é
fazer um levantamento quanto ao número de servidores de cada unidade
judiciária para que se possa equilibrar o quadro de pessoal. Cada
unidade judicial terá um número de servidores equivalente as suas
necessidades.
A terceira medida será de ordem
gestacional voltado para a sociedade. “Nós estamos começando a a
implantar um trabalho para a humanização e a eficiência. Todos os
setores farão uma programação que deverá ser apresentada à comunidade”,
disse.
A desembargadora informou que será
desenvolvido um esforço concentrado nos Tribunais do Júri, para dar
celeridade aos julgamentos, montando uma pauta extraordinária, com
designação de juízes auxiliares e servidores. O objetivo é, com o
julgamento dos crimes de homicídios pendentes, contribuir para a
melhoria da segurança pública, dando uma resposta à sociedade no combate
à impunidade.
Outro programa a ser implantado será o
“Conhecendo o Judiciário”.Este vai fazer com que a sociedade possa
vivenciar o dia a dia do Judiciário. O Tribunal abrirá suas portas para
associações de bairros, escolas e outras instituições, para que possam
acompanhar as sessões de julgamentos, as audiências, os júris,
casamentos e outros eventos.
A infância e a juventude serão
prioridade nos primeiros 100 dias de gestão, como também as Varas da
Violência Doméstica e Contra a Mulher. “Vamos procurar aparelhar melhor
essas Varas e fazer com que sua equipe multidisciplinar tenha
treinamentos mais profundos. Também vamos colocar juízes auxiliares
nessas varas para que esse trabalho seja mais célere”, afirmou a
presidenta.
Ouvidoria - Uma das
implementações para estes 100 primeiros dias de gestão será a criação e
implantação da Ouvidoria do poder Judiciário. Segundo a presidenta do
TJ, a instalação deverá acontecer ainda esta semana e o trabalho a ser
desenvolvido pelo órgão difere do realizado pela Corregedoria. “A
Corregedoria trabalha mais com o magistrado, com o sistema judiciário. E
a Ouvidoria é voltada mais para o público. Os desembargadores Frederico
Coutinho e nosso corregedor-geral, Márcio Murilo, elaboraram juntos uma
resolução para que ficassem bem definidas as metas da Ouvidoria. Com
isto, a sociedade só tem a ganhar porque terá um órgão a mais da Justiça
para ouvir os reclamos, atender os anseios da sociedade e orientar
aqueles que têm processos ou procedimentos que querem trazer para o
Judiciário e precisam de um apoio, de uma luz”, frisou.
Com o araiba Urgente




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