Agassiz Almeida, Elizabeth Teixeira e Assis Lemos na Assembléia Legislativa da Paraíba.

Num trabalho de dedicada
pesquisa , esta obra retrata todo o drama da luta do líder camponês João
Pedro Teixeira, com especial destaque para o seu brutal assassinato
ocorrido no dia 3 de abril de 1962, no qual se comprovou o conluio do
latifúndio com policiais militares .
Presença emocionante
foi, decerto, a de Elizabeth Teixeira, viúva do líder morto, que em
vigoroso discurso afirmou que ainda não foi realizada a reforma agrária
no país, tão sonhada por João Pedro Teixeira. Usando da palavra, o
ex-deputado Assis Lemos disse : A luta dos camponeses pelos seus
básicos direitos foi de enormes desafios em que muitos companheiros
perderam a liberdade e a vida.
Com um pronunciamento
de ampla repercussão pela análise que fez das lutas camponesas na
América Latina, destacadamente no século XX, o escritor Agassiz Almeida,
deputado estadual em 1962, salientou: O que praticaram os criminosos da
história? De Che Guevara fizeram um mito; de Carlos Lamarca um herói, e
de João Pedro Teixeira um mártir.
Lancemos um olhar
retrospectivo nos cinqüenta anos atrás. Como viviam milhões de
camponeses nos rincões rurais da América Latina, especialmente nas
várzeas férteis do Nordeste ? Mergulhados na mais infame miséria;
rebanho humano sem esperança e desprovido dos mínimos direitos.
Existem na vida dos povos tragédias que marcaram os rumos da história. O
assassinato de João Pedro Teixeira despertou a nação para as lutas e os
direitos dos camponeses, abafados por quatro séculos de latifúndio.
O que os mártires da
liberdade e dos direitos democráticos nos legaram? Que as conquistas dos
povos por liberdade e justiça são alcançadas com sangue suor e
lágrimas.
Encerrando, afirmou Agassiz Almeida: Cada um de nós carrega a sua pedra para a construção da catedral da história.
Com colaboração de Jorge Brito
Nenhum comentário: