Fusão entre Telefônica e Vivo será decidida hoje
Uma mudança na legislação em 2011 permitiu às teles reunirem em um único CNPJ empresas do mesmo grupo. Antes, isso era proibido.
O caso é o primeiro a entrar na pauta da agência envolvendo uma grande
concessionária. Até hoje, a Anatel aprovou apenas a fusão de pequenos
grupos, como o Sercomtel, do Paraná.
A fusão gera uma eficiência tributária para as teles, que deixam de
pagar impostos em operações entre empresas de um mesmo grupo.
Em troca do benefício, a Anatel exige recompensa aos usuários. No caso
da fusão Telefônica/Vivo, a exigência será uma redução de 20% no valor
cobrado pela tarifa básica de seus clientes de telefonia fixa em São
Paulo, conforme apurou a coluna.
A Oi/Telemar também já ingressou na Anatel com pedido de fusão de suas
empresas. O grupo oferece telefonia fixa em todos os Estados, exceto São
Paulo.
A fusão não precisa passar por análise do Cade (Conselho Administrativo
de Defesa Econômica), no entendimento da Anatel, porque se trata de
empresas de um mesmo grupo.
"Não há inserção de novo agente econômico, se resumindo a operação a uma reorganização societária", diz relatório da Anatel.
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América Latina tem aumento de private equities em 2012
Os investimentos de private equity e venture capital na América Latina e
no Caribe cresceram 109% no ano passado em comparação com 2011, segundo
um estudo que será divulgado hoje pela agência Thomson Reuters.
A região atraiu US$ 11,5 bilhões (cerca de R$ 23,4 bilhões), com 143 transações em 16 países no período.
O aumento do consumo foi um dos principais fatores responsáveis por estimular os investidores financeiros.
O resultado de 2012 foi impulsionado pelo Brasil, onde houve quase
metade dos acordos. O país somou investimentos de US$ 8,3 bilhões (R$
16,9 bilhões), com grupos internacionais e domésticos.
Mesmo com um cenário macroeconômico fraco, aponta o estudo, o Brasil
teve crescimento de vendas no varejo e no e-commerce e apresentou
oportunidades nas áreas de educação, óleo, gás e geração de energia
elétrica.
"O Brasil, ao lado de México, Chile e Colômbia, tem um mercado interno
robusto, com aumentos expressivos na renda média da população, o que
atrai investimentos", afirma Ricardo Saad, diretor da Thomson Reuters.
Para ele, a grande variação no volume dos últimos anos é causada por um "ecossistema" ainda não totalmente estabelecido.
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Peixe de rio enlatado
A Gomes da Costa, empresa processadora de pescados, pretende investir
entre R$ 28 milhões e R$ 30 milhões na instalação de uma planta em
Toledo (PR), onde deverá produzir tilápia em conserva.
Ainda não há previsão de aumento da receita da companhia com a nova unidade fabril.
"É a criação de um mercado novo. É muito cedo para termos ideia", afirma o presidente da empresa, Alberto Encinas.
No ano passado, a receita da Gomes da Costa se aproximou de R$ 1 bilhão.
No segundo semestre deste ano, o produto será fabricado de forma
experimental. A expectativa é que a operação da planta comece
oficialmente em meados de 2015, segundo Adão Pereira de Sá, diretor da
companhia.
A unidade vem sendo planejada para processar cerca de dez mil toneladas de tilápia por ano.
"Pouco mais de 30% do peixe será vendido em conserva. Entre 20% e 22% se
transformará em proteína para alimentação animal e 10%, em óleo", diz
Sá.
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Reputação em jogo
Falhas de TI podem impactar a reputação das empresas, de acordo com levantamento feito pela EIU (Economist Intelligence Unit).
Entre os entrevistados, 46% afirmaram que a TI exerce influência
particularmente forte na satisfação do cliente. Pouco mais de 40%
disseram que afeta a conformidade da marca.
Violação e roubo de dados foram apontados como os riscos de TI que mais
ameaçam a reputação da empresa, com 61%. Em seguida, apareceram as
falhas de sistemas (44%).
Do total dos executivos, 75% disseram que suas companhias irão aumentar o
orçamento em TI nos próximos 12 meses devido às preocupações com
reputação.
Foram entrevistados 427 executivos. Desses, 52% trabalham em companhias
com faturamento superior a US$ 1 bilhão. O estudo foi encomendado pela
IBM.




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