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Juiz ordena detenção de presidente deposto no Egito, Mohamed Mursi
sexta-feira, 26 de julho de 2013 Posted by Silvano Silva ✔

Um juiz de instrução do Egito ordenou a detenção do presidente deposto, Mohamed Mursi, sob uma série de acusações, incluindo o assassinato de soldados e a suposta comunicação que teve com o grupo palestino Hamas para que o ajudasse a fugir em 2011 da prisão, informou nesta sexta-feira a agência de notícias estatal Mena.
A detenção foi criticada pela Irmandade Muçulmana - a qual pertence o ex-presidente. O líder do grupo islâmico, Essam El-Erian, afirmou que a decisão do juiz mostrou o verdadeiro regime militar fascista no Egito.
“Ao anunciar a decisão de deter um presidente legítimo que tem imunidade, que não deve enfrentar um julgamento exceto em procedimentos constitucionais específicos, num momento muito suspeito, na ausência dos conceitos mais simples do estado de direito, na ausência de seu advogado, mostra a natureza da luta do regime militar fascista atual”, disse El-Erian em sua página oficial no Facebook.
Mohammed Mursi ficou preso durante 15 dias sujeito a investigação, e a detenção pode ser ampliada até a conclusão do processo investigatório. De acordo com a agência Mena, o ex-presidente já foi interrogado, no que constitui a primeira versão oficial sobre sua condição judicial. Mursi está sob custódia militar em local desconhecido desde o golpe militar de 3 de julho.
O porta-voz do grupo islâmico, Ahmed Aref, criticou as condições da investigação e afirmou que o juiz teria sido pressionado pelas forças armadas.
- Existe um advogado presente nas investigações com Mursi? Foi dada a oportunidade de Mursi se defender? Onde está Mursi em primeiro lugar? Ele foi levado ao juiz de instrução ou o juiz foi até ele? - questionou Aref.
O anúncio da detenção seguiu ao chamado do chefe militar geral Abel-Fatah el-Sissi à população para que realizem nesta sexta-feira grandes manifestações em rejeição ao que descreveu como terrorismo e violência, em clara referência à Irmandade Muçulmana.
O líder espiritual do grupo chamou el-Sissi de traidor, afirmou que o golpe militar liderado pelo general era pior que a destruição da Kaaba na Meca, a cidade mais sagrada do Islã.
Por sua vez, a Irmandade convocou protestos também para esta sexta-feira, o que fez aumentar os temores de conflitos entre os dois grupos de manifestantes ou com as forças militares. Desde o golpe, confrontos entre partidários do ex-presidente e opositores levaram à morte de dezenas de pessoas. O comando militar se comprometeu a manter a ordem e a impedir qualquer ato de violência.

O Globo

Silvano Silva ✔

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