Movimentos pela democratização da comunicação lançam campanha "Quero me ver na TV"
Defesa é por produção local e independente nas emissoras de rádio e TV
Representantes de movimentos pela democratização da
comunicação, gestores públicos, frentes parlamentares e a Comissão de
Educação da Câmara lançaram nesta terça-feira (6) a campanha "Quero me
ver na TV", em defesa da regionalização da produção artística, cultural e
jornalística e da produção local e independente nas emissoras de rádio e
TV.
Durante o lançamento da campanha, no Salão Verde da Câmara,
representantes dos diversos segmentos defenderam a regionalização da
comunicação e protestaram contra o projeto de lei aprovado pelo Senado
que regulamenta o dispositivo constitucional que trata da regionalização
da comunicação. Os participantes do ato reclamaram que o texto do
Senado é contrário à regionalização.
A ideia dos defensores da regionalização da comunicação é apontar os
impactos “negativos” do texto aprovado no Senado e incentivar uma ampla
mobilização da sociedade em torno do tema para a construção de um
substitutivo plural, que dialogue com os anseios do setor e que caminhe
em direção à democratização dos meios de comunicação.
Como o projeto do Senado pode ser votado a qualquer momento no
plenário da Câmara, os defensores da regionalização querem evitar que o
texto seja levado à votação da forma como foi aprovado pelos senadores.
Para isso, querem tempo para mobilizar a sociedade e buscar alternativas
que atendam a regionalização.
A presidente da Comissão de Cultura, deputada Jandira Feghali
(PCdoB-RJ), informou que pediu ao presidente da Câmara, deputado
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para adiar a votação do projeto para
que até o final deste ano se chegue a um acordo em torno de um texto que
democratize os meios de comunicação. Segundo ela, o texto do Senado
descaracteriza “totalmente a regionalização. Pretende-se tornar publico o
debate e ganhar tempo para modificar o texto do Senado”.
O texto do Senado, de acordo com os participantes do ato, gerou um
“profundo retrocesso na regionalização da comunicação”. Além de ter
atropelado os defensores da regionalização, que defendem a votação pelos
senadores do projeto de lei aprovado há mais de dez anos pela Câmara,
de autoria da deputada Jandira Feghali.
R7




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