Saiba quem perdeu espaço no Congresso
Enquanto Cássio e Vital estão em alta, PB Agora revela qual paraibano mais perdeu espaço no Congresso NacionalA lista divulgada pelo DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) essa semana, que aponta os ‘cabeças’ do Congresso Nacional, ou seja, os políticos mais influentes em Brasília revelou um fato curioso, que pouca gente observou.
Enquanto os senadores de primeiro mandato, Cassio Cunha Lima (PSDB) e Vital do Rêgo Filho (PMDB) aparecem entre os 100 mais influentes, e os deputados federais Manoel Júnior (PMDB) e Wellington Roberto (PR), entre os 150 mais atuantes, o deputado federal Luiz Couto, o único do PT da Paraíba na Câmara dos Deputados ficou pela primeira vez fora da lista.
Sempre
presente nas listagens passadas, dessa vez o deputado federal Luiz
Couto passou literalmente despercebido pelo levantamento, sem ser sequer
citado. O mais alarmante é que seus dois colegas de Câmara, Manoel
Júnior e Wellington Roberto, ambos combatidos pelo petista, superaram o
parlamentar religioso no quesito influência que, com atuação
parlamentar, acabaram dando uma rasteira na popularidade de Luiz Couto
perante o levantamento realizado pelo DIAP.Nos bastidores, o declínio da popularidade de Luiz Couto é justificado por algumas teses. Uma delas diz respeito aos recentes flagrantes registrados pela mídia nacional mostrando o parlamentar cochilando na cadeira do plenário no horário das sessões. Esse episódio foi registrado duas vezes em menos de 15 dias e ganhou grande repercussão nacional.
Além dos cochilos, as recentes publicações citando o petista destacaram as picuinhas políticas protagonizadas por Couto em vez do trabalho parlamentar, como por exemplo a articulação do deputado para impedir a ascensão do deputado federal Manoel Júnior, à época em que o peemedebista foi cotado para o Ministério do Turismo. Depois, Couto chegou a ser acusado de compactuar com a veiculação de panfletos apócrifos que denunciavam a família do hoje Ministro Aguinaldo Ribeiro à época em que o parlamentar era cotado para o posto.
Em vez de Couto atuar em plenário, agora o petista é tido como um parlamentar que ‘dorme no ponto’.
Pesa ainda contra Couto o fato de ele não atender aos chamamentos da bancada da Paraíba para participar de reuniões, priorizando sempre seus trabalhos parlamentares em vez de participar das decisões coletivas.

Politicamente, a postura do petista também não é das melhores. Mesmo filiado ao PT, o deputado é um dos críticos da gestão petista em João Pessoa e mesmo apoiando o governador Ricardo Coutinho (PSB), Luiz Couto também não aparece mais ao lado do governador nas solenidades e eventos.
A estratégia de atuar sozinho, que está sendo adotada pelo petista, começa a render dividendos. O primeiro foi agora, no âmbito nacional, após o petista sequer ser citado como um dos políticos influentes do Congresso, mesmo pertencendo ao partido da presidente Dilma Rousseff.
Resta saber se o isolamento de Couto também será percebido pelo eleitor nas eleições de 2014, seguindo a máxima de que ‘Quem não é visto, não é lembrado’.
COUTO DESFALCA PT
Mesmo pertencendo a um dos dois partidos com maior número de parlamentares, Couto, dessa vez, desfalcou a lista. Na elite do DIAP figuram o PT com 26 parlamentares eleitos como os mais atuantes, partido ao qual é filiada a presidente da República, seguido pleo PMDB (16), partido do vice-presidente da República e dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
O terceiro em número de parlamentares, PSDB (12), é também o terceiro em influência, à frente do PDT, que é o quarto entre os "Cabeças" (7) e o nono na bancada federal.
Além dos "Cabeças", desde a sétima edição da série, o DIAP divulga levantamento incluindo na publicação um anexo com outros parlamentares que, mesmo não fazendo parte do grupo dos 100 mais influentes, estão em plena ascensão, podendo, mantida a trajetória ascendente, estar futuramente na elite parlamentar.
CREDIBILIDADE
Para chegar a esses nomes, o Diap analisa minuciosamente os pronunciamentos, a apresentação de proposições, as intervenções nos debates do Legislativo, a frequência com que o parlamentar é citado na imprensa, os cargos públicos exercidos dentro e fora do Congresso, relatorias de matérias relevantes, forças ou grupos políticos de que faça parte, além dos perfis político e ideológico de cada parlamentar.
Na explicação do trabalho, coordenado pelo cientista político Antonio Augusto de Queiroz, são enumeradas as qualidades consideradas na confecção da lista. “O saber, o equilíbrio, a prudência, a credibilidade e a respeitabilidade, ao lado da experiência, são atributos que credenciam um parlamentar perante seus pares e abrem caminho para influenciar no processo decisório, inclusive na definição da agenda. A imprensa, igualmente, possui papel decisivo na projeção desses parlamentares.” Os “Cabeças” estão classificados entre Debatedores, Articuladores, Formadores de opinião, Formuladores e Negociadores. Cássio, na avaliação do Diap, é “Debatedor”.
QUEM SÃO

Para o Diap, “Debatedores são parlamentares ativos, atentos aos acontecimentos e principalmente com grande senso de oportunidade e capacidade de repercutir, seja no plenário ou na imprensa, os fatos políticos gerados dentro ou fora do Congresso. São, por essência, parlamentares extrovertidos, que procuram ocupar espaços e explorar os assuntos que possam ser notícia”.
Os debatedores, ainda conforme o Diap, são “conhecedores das regras regimentais, que regem as sessões e o funcionamento das Casas do Congresso, exercem real influência nos debates e na definição da agenda prioritária. Com suas questões de ordem, de encaminhamento, discussão de matérias em votação, obstrução do processo deliberativo, dominam a cena e contribuem decisivamente na dinâmica do Congresso. São os parlamentares mais procurados pela imprensa”.
A lista do Diap mostra que “somente oito parlamentares que faziam parte do grupo em ascensão dos ‘Cabeças’ em 2012 passaram, nesta edição de 2013, para o seleto grupo de parlamentares mais influentes do Parlamento brasileiro. São sete deputados e apenas um senador: deputados Alessandro Molon (PT-RJ), Carlos Sampaio (PSDB-SP), Cláudio Puty (PT-PA), Eduardo Sciarra (PSD-PR), Ivan Valente (PSOL-SP), Jandira Feghali (PC do B - RJ), Mendonça Filho (DEM-PE)”. O único senador promovido à condição de ‘Cabeça’ do Congresso foi Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
Henrique Lima/ Márcia Dias
PB Agora




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