Obama admite rever procedimentos da NSA ao falar sobre espionagem ao Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama,
disse hoje (6) que os interesses do seu país com México e Brasil são
maiores do que a questão da espionagem, e que não “assina embaixo de
tudo que os jornais dizem” a respeito do assunto. Sobre atuação da
Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em
inglês), Obama cogitou dar "um passo atrás" para analisar a forma como
as tecnologias têm sido usadas.
Obama ressaltou que “há uma gama de interesses” nas relações
envolvendo os EUA e os dois países que, segundo denúncias veiculadas na
imprensa, foram espionados. “Especificamente sobre Brasil e México,
temos de analisar as alegações. Não assino embaixo de tudo que os
jornais dizem. Levo as alegações muito a sério, entendo as alegações de
mexicanos e do povo brasileiro, e vamos trabalhar para ver onde está a
fonte de tensão”, disse hoje (6), durante coletiva de imprensa em São
Petersburgo, na Rússia, onde ocorre a 8ª Cúpula do G20, reunindo as
maiores economias mundiais.
“A razão pela qual fui ao Brasil é que esse é um país importante e
com história de sucesso na transição da ditadura para a democracia,
além de ser uma das economias mais dinâmicas do mundo”, argumentou o
presidente dos EUA.
Sobre a atuação da NSA, envolvida na espionagem ao Brasil e
México, Obama disse caber à agência "buscar informações que não estão em
fontes públicas", e que essa prática é similar ao que países mundo
afora fazem por meio dos seus serviços de inteligência. “A verdade é que
somos maiores e temos melhor capacidade”, emendou.
"Com a tecnologia mudando tão rapidamente, e as capacidades
aumentando ainda mais, é importante que a gente dê um passo atrás e
analise o que estamos fazendo, porque, só porque podemos conseguir as
informações, não quer dizer que tenhamos que acessá-las. Pode ter aí uma
relação custo-benefício que temos que pesar", completou o presidente
norte-americano.
Ele considerou a possibilidade de a NSA fazer análises "camada a
camada", para identificar o que, posteriormente, pode ser analisado de
forma mais aprofundada.
Da Agência Brasil
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