Nações Unidas, 10 set (EFE).- O Conselho de Segurança da ONU cancelou a reunião extraordinária de urgência que estava marcada para esta terça-feira para abordar os últimos eventos em relação à crise na Síria.
O anúncio foi feito pela Austrália, que ostenta a presidência rotativa do principal órgão de decisão da ONU, menos de uma hora antes que começassem as consultas a portas fechadas a partir das 16h locais (17h de Brasília).
A reunião tinha sido convocada pela Rússia depois que Reino Unido, Estados Unidos e França anunciaram sua intenção de apresentar hoje uma resolução perante o Conselho para 'examinar' a proposta russa para que as armas químicas sírias fiquem sob controle internacional.
O ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou hoje que a Rússia e a Síria já trabalham em um 'plano concreto, claro e eficaz' para pôr sob controle internacional as armas químicas sírias.
Por sua parte, o chefe da diplomacia síria, Walid Muallen, elogiou a proposta da Rússia para que Damasco coopere com a comunidade internacional no controle de armas químicas e em sua total destruição.
A proposta foi apresentada depois que o secretário de Estado americano, John Kerry, dissesse na véspera em Londres que o regime de Bashar al Assad poderia evitar uma intervenção militar se entregasse todo seu arsenal químico.
A Casa Branca anunciou também que os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da França, François Hollande, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, decidiram trabalhar juntos estreitamente, e em consultas com a Rússia e a China, para analisar o plano russo.
Por sua parte, a Coalizão Nacional Síria (CNFROS), a principal aliança opositora na Síria, qualificou de 'camuflagem política' o plano da Rússia, e advertiu que causará mais morte e destruição. EFE
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