Três curtas paraibanos são lançados nesta terça-feira em João Pessoa

O
audiovisual paraibano é destaque na noite desta terça-feira (10)m João
Pessoa com o lançamento de três curtas-metragens: o filme de ficção O
Terceiro Velho, de Marcus Vilar, e os documentários Transmutação, de
Torquato Joel, e A Queima, de Diego Benevides. As exibições começam às
21h, na Sala 3 do Cine Espaço Mag Shopping, em Manaíra, com entrada
franca.
Antes mesmo do lançamento, O Terceiro Velho foi premiado
no VII Comunicurtas, realizado de 26 a 31 de agosto, em Campina Grande.
Os prêmios foram os de Melhor Filme de Ficção, Melhor Ator (Fernando
Teixeira), Melhor Atriz (Kassandra Brandão), Melhor Direção de Arte
(Valdir Santos), Melhor Fotografia (João Carlos Beltrão) e Melhor Filme
Geral dividido com A Queima, de Diego Benevides.
O curta, todo em
preto e branco, com 15 minutos de duração e censura 16 anos, aborda a
sexualidade como reflexo de traumas e carências afetivas. No elenco
estão os atores Zé Dumont, Buda Lira e Fernando Teixeira e a atriz
Kassandra Brandão. As locações aconteceram na zona sul da Capital e nas
praias de Manaíra, Tambaú e Cabo Branco.
O filme mostra a noite de
uma prostituta que encontra três estranhos clientes de idade avançada e
vivencia situações inesperadas em que desejo, medo e solidão se
misturam. O roteiro, assinado por Marcus Vilar e Vinícius Rodrigues, é
uma adaptação do conto O Terceiro Velho da Noite, do escritor sergipano Antônio Carlos Viana, publicado na coletânea Cine Privê (Companhia das Letras).
O
Terceiro Velho foi viabilizado pela Fundação Cultural de João Pessoa
(Funjope), através do Fundo Municipal de Cultura, com apoio da Leme
Produção Cultural, Pigmento Cinematográfico, Núcleo de Produção Digital
(NPD), UFPB/PRAC/COEX, Coletivo Porta Cênica e apoio cultural da
Coteminas. A produção é de Heleno Bernardo
Kassandra Brandão
- A atriz, que interpreta a prostituta, é integrante do Grupo Graxa de
Teatro. Essa é a sua primeira experiência com cinema, mas ela já atuou
também no clip musical "Hair Cream", com direção de Thyego Lopes.
Entre os espetáculos teatrais que participou como atriz estão Déjà Vú,
Profanações, Flor da Paixão, Entre Quatro Paredes, Do Outro Lado da
Chuva, Maria Canta uma Paixão, Cinderela, [IN] Sônia e Beata Maria do
Egito.
Fernando Teixeira - O ator vive um
personagem atordoado pela lembrança de um casamento malogrado e o seu
fetiche é ver a prostituta vestida de uma maneira bastante particular.
Com um vasto currículo que começou em 1963, Fernando comemorou este ano
50 anos de carreira, sendo homenageado com o lançamento do livro
"Fernando Peregrino - um perfil biográfico de Fernando Teixeira em 50
anos de palco", de autoria de Tarcísio Pereira.
Ator, teatrólogo e
autor, esteve em mais de 60 espetáculo, entre eles, Navalha na Carne,
Coiteiros, Cantata Para Alagamar, Um Tomate Esmagado por um Carro,
Quinze Anos Depois, Fogo Morto, Esparrela, Papa-Rabo, Que Vai Fazer,
Chamar a Polícia?, Otelo, Anayde e A Bagaceira.
Fernando Teixeira
também atuou em filmes, a exemplo de Paraíba Mulher Macho, 24 Horas,
Eu, Tu, Eles, Por Trinta Dinheiros, Transubstancial, Baixio das Bestas, O
Sonho de Inacim e Bezerra de Menezes.
José Dumont -
O ator paraibano é um dos três personagens do curta-metragem de Marcus
Vilar. Começou a carreira em 1975, no teatro, com a peça Morro do Ouro.
Em seguida, fez Morte e Vida Severina no cinema. Tem no currículo cinco
peças de teatro, 50 filmes e vários trabalhos em TV.
No cinema se
destacam: O Homem que Virou Suco, Gaijin, Kenoma, Narradores de Javé, Os
2 Filhos de Francisco, Árido Movie, Cidade Baixa, Olga, Abril
Despedaçado, Brincando nos Campos do Senhor, Os Trapalhões no Auto da
Compadecida, A Hora da Estrela, Lampião e Maria Bonita, e Lúcio Flávio, o
Passageiro da Agonia. José Dumont já recebeu mais de 30 prêmios e
homenagens em festivais nacionais e internacionais.
Buda Lira
- No curta-metragem, o ator paraibano interpreta um dos três
personagens. Buda Lira atua na área de teatro desde 1970, quando iniciou
as atividades no teatro amador da cidade de Cajazeira.
No teatro,
Buda Lira atuou em espetáculos como Paixão de Cristo, A Cura de um Cego
de Nascença, O Aborto, Cantata Para Alagamar, Lampiaço, O Rei do
Cangão, Papa-Rabo, Paraibanadas, Auto de Deus, Retábulo e Fêmeas. No
cinema, esteve em Eu sou o Servo, São Jerônimo, Cão Sedento, Moído e O
Grande Kilapy.
Transmutação - Com
direção e roteiro de Torquato Joel, Transmutação é um documentário de
atmosfera que busca, a partir da contemplação do ofício de fundição dos
restos metálicos das exumações de um cemitério, fazer uma reflexão sobre
a existência e o caráter metafísico da fintude.
O curta
de 12 minutos, tem como personagens Chico do Bronze e João Batista. A
produção é de Romero Sousa; direção de fotografia, Bruno de Sales;
música original, Carlos Anísio, edição, Ely Marques; e edição de som,
Guga S. Rocha. Transmutação participou do Festival Internacional de
Curtas Metragens, obtendo menção honrosa do Prêmio Itamaraty, que teve
no júri nomes como Alice Kharoubi, diretora do Cannes Court Métrage,
entidade dedicada aos curtas criada pelo Festival de Cannes; Maria
Morata, integrante da Comissão de Seleção do Berlinale Shorts, do
Festival de Berlim, e José Roberto Rocha Filho, diplomata e subchefe da
Divisão de Promoção do Audiovisual do Ministério das Relações
Exteriores.
O filme foi viabilizado pela Fundação Cultural de João
Pessoa (Funjope), através do Fundo Municipal de Cultura, com apoio da
UFPB/PRAC/COEX.
A Queima - O documentário
curta-metragem, dirigido por Diego Benevides, tem 13 minutos de duração e
aborda o universo mítico que permeia os canaviais, com sensações e
tradições relativas à queima da cana-de-açúcar.
O filme também
retrata o personagem Seu Tião, narrador de mitos e lendas que rondam as
áreas de cultivo da cana na Zona da Mata da Paraíba, entre elas, a
possível vinda do personagem fictício Macário, nos três dias que
antecedem a queima. O curta mostra a influência direta dessas fábulas no
cotidiano nas famílias dessas regiões ricas de crenças singulares.
Diego
Benevides também assina o roteiro, ao lado de Gian Orsini. Marcelo
Coutinho é o assistente de direção. Os atores personagens são: Seu Tião,
Dona Bôla, Gilson Veríssimo e Jéssica Marcolino. O curta já vem
participando do circuito de festivais importantes no Brasil, dentre
eles, os festivais internacionais de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de
Janeiro e outros de destaque nacional, já colecionando alguns prêmios, a
exemplo de Melhor Filme Geral, dividido com o Terceiro Velho, no
Comunicurtas.
Assessoria
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