Agentes reclamam de insegurança em presídio
Sindicato
denuncia falta de segurança, uso de munições vencidas e armas antigas
na Penitenciária Jurista Angello Amorim, em CG.

Os agentes que atuam na Penitenciária Jurista
Angello Amorim (Monte Santo) em Campina Grande, estão trabalhando em
condições precárias, com armas antigas, munições vencidas e sem
segurança.
A afirmação foi feita pelo presidente do Sindicato dos Servidores da
Secretaria de Administração Penitenciária da Paraíba, Manuel Leite de
Araújo, em denúncia ao Jornal da Paraíba. Ele disse que teme uma
tragédia, já que bandidos estão aproveitando os momentos de entrada ou
saída para tentar assassinar os apenados que cumprem pena em regime
semiaberto na unidade.
Conforme o relato do presidente, apenas três agentes atuam por
plantão na penitenciária que abriga 200 presidiários, sendo 20 mulheres.
“Antes eram 12 agentes por plantão, agora são apenas três. Além disso,
eles trabalham sem apoio da Polícia Militar. Os ataques a albergados
são constantes e tememos pela vida dos agentes. Já levei a situação ao
conhecimento da secretaria, mas a situação não foi resolvida”,
enfatizou.
O secretário de Administração Penitenciária do Estado, Walber
Virgolino, rebateu as acusações do presidente do Sindicato. Segundo ele,
são seis agentes atuando por plantão na unidade.
“Tudo que ele está dizendo é mentira. Eu retirei parte dos agentes do
Monte Santo para atuar no Serrotão, porque lá temos centenas de
apenados, muitos de alta periculosidade. O número atuante hoje no Monte
Santo por si só é suficiente. Agora o que acontece da porta de saída pra
fora do presídio não é responsabilidade da Seap”, disse.
O secretário Walber Virgolino reconhece que há déficit de agentes
penitenciários no Estado, mas afirmou que esta é uma realidade nacional e
informou que vários investimentos foram feitos no setor.
“A falta de estrutura é um problema que vem de 50 anos atrás, mas em 2 anos, conseguimos garantir muitas conquistas.
Adquirimos 190 pistolas calibre ponto 40, 90 espingardas calibre 12,
60 metralhadoras, mais de 100 mil munições, 400 coletes balísticos.
Investimos em melhoria interna dos presídios e cadeias, além de
capacitação de agentes”, completou.
Fernanda Moura/Jornal da Paraiba




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