Reforma ministerial: mais de dez ministros devem deixar governo para disputar Eleições 2014
Presidente Dilma começa o ano com missão de articular substitutos e alianças
Mais de dez ministros da presidente Dilma Rousseff
devem deixar o governo ainda neste mês para participar das eleições em
outubro. Nomes considerados fortes na gestão de Dilma, como a ministra
da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Saúde, Alexandre
Padilha, estão entre os prováveis candidatos que vão precisar deixar o
cargo até abril, quando vence o prazo da Justiça Eleitoral para
candidatos se descompatibilizarem dos cargos políticos que ocupam.
Dilma chegou a anunciar que vai iniciar a reforma ministerial na
segunda metade de janeiro. Para escolher os substitutos, ela precisa
levar em consideração as alianças políticas para a campanha e a coalizão
do governo.
A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), deve deixar o cargo
para concorrer ao governo do Paraná. Gleisi assumiu a pasta em junho de
2011, afastando-se do mandato de senadora. Ela foi eleita em 2010, sendo
a primeira mulher a ocupar uma cadeira no Senado pelo Paraná
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), foi o escolhido do
partido para concorrer ao governo de São Paulo, derrotando outro nome
forte, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que também foi
cotado. Padilha participa da gestão do PT desde 2005, quando passou a
comandar a subchefia de Assuntos Federativos do governo Lula. Em 2009,
tomou posse como ministro das Relações Institucionais e é o ministro da
Saúde de Dilma desde o início do mandato da presidente
Considerado braço direito da presidente Dilma Rousseff, o ministro do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel (PT), também
deve deixar o governo para ser candidato a governador de Minas Gerais.
Ele comanda o ministério desde 2011. Antes disso, foi prefeito de Minas
Gerais entre 2005 e 2008
O ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), deve deixar o cargo para
disputar o governo do Rio de Janeiro em 2014. Ele está em seu segundo
mandato no Senado Federal. Foi eleito em 2011 pelo Rio de Janeiro, mas
se licenciou para integrar o primeiro escalão do governo Dilma em março
de 2012. Crivella assumiu o lugar de Luiz Sérgio, em uma posse marcada
pela emoção da presidente Dilma Rousseff. Ela deixou claro em seu
discurso que a troca foi necessária para manter a “coalizão” do governo,
em favor de alianças políticas
Um dos grandes nomes da campanha da presidente Dilma Rousseff em
2010, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), pode deixar o
cargo para assumir a coordenação da campanha de reeleição da presidente.
Cardozo é chefe da pasta desde 2011, início da gestão Dilma. Se for
escolhido para coordenar a campanha de 2014, ele também pode se afastar
do Ministério da Justiça durante a reforma ministerial
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas (PT), deve deixar a
pasta para tentar se eleger senador em 2014. Ele assumiu o ministério
em março de 2012, substituindo Afonso Florence. Vargas foi deputado pelo
Rio Grande do Sul entre 2007 e 2011. Ele venceu as eleições de 2010,
mas se afastou do mandato para ocupar o cargo no primeiro escalão do
governo Dilma
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República, Maria do Rosário (PT), pretende renovar seu mandato na Câmara
dos Deputados e, por isso, vai precisar se afastar do cargo para
participar das eleições. Ela foi eleita deputada em 2010 pelo Rio Grande
do Sul, mas logo se afastou para comandar a secretaria no governo
Dilma. Em 2008, ela disputou a prefeitura de Porto Alegre, mas foi
derrotada no segundo turno
A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT), pode
deixar o cargo se decidir concorrer a uma vaga no Senado Federal. Ela
entrou no governo Dilma como ministra da Pesca, no início de 2011, após
ser derrotada no governo de Santa Catarina nas eleições de 2010. Menos
de um ano depois, ela assumiu a pasta da articulação do governo,
trocando de cargo com o colega Luiz Sérgio
O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP), também pode deixar o
cargo para renovar seu mandato na Câmara dos Deputados. Ele venceu as
eleições de 2010 pela Paraíba e, se quiser tentar a reeleição, precisa
abandonar o cargo de ministro. Ribeiro está à frente da pasta desde
2012, depois que o ex-ministro Mário Negromonte teve o nome envolvido em
denúncias e pediu demissão
O ministro do Turismo, Gastão Vieira (PMDB), tomou posse em setembro
de 2011 para apagar o incêndio na pasta que estava envolvida em
escândalo de corrupção com o ex-ministro Pedro Novais. Vieira foi eleito
deputado pelo Maranhão em 2010, mas se licenciou do cargo para assumir o
ministério. Ele deve deixar a pasta para tentar a reeleição na Câmara
em 2014
Outro ministro que deve deixar o cargo para tentar se reeleger
deputado federal é Antônio Andrade (PMDB), chefe da pasta de
Agricultura. Ele estava em seu segundo mandato na Câmara quando se
afastou para compor o primeiro escalão do governo Dilma, em março de
2013. Andrade entrou no lugar de Mendes Ribeiro, afastado para tratar um
câncer no cérebro
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