Espetáculo grandioso e polêmicas marcam início das Olimpíadas de Sochi
Os
Jogos Olímpicos de Inverno serão inaugurados oficialmente nesta
sexta-feira (7) com um espetáculo em Sochi que promete ser grandioso, à
altura das ambições do presidente Valdimir Putin de tornar o evento uma
vitrine da Rússia moderna. Mas a festa da cerimônia de abertura,
boicotada por vários líderes mundiais, divide os holofotes com polêmicas
em relação aos custos faraônicos, lei “antigay” e atrasos nas obras de
infraestrutura para o evento.
A cerimônia de abertura dos Jogos acontece às 20h14 minutos no
horário local, 14h14 minutos em Brasília, e promete encher os olhos dos
40 mil espectadores presentes no estádio Fisht e de outros 2 bilhões de
pessoas que devem acompanhar o espetáculo pela televisão.
Com gastos equivalentes a 120 bilhões de reais, essas Olimpíadas já
são consideradas as mais caras da história. O presidente russo Vladimir
Putin disse que cuidou pessoalmente de vários detalhes da organização
desses jogos.
Mas, na noite desta sexta-feira, muitos chefes de Estado preferiram
ficar bem longe da companhia de Putin. No total, 44 chefes de estado e
de governo são esperados em Sochi para a cerimônia, entre eles o
contestado presidente ucraniano Viktor Yanukovicht, que enfrenta uma
grave crise política em seu país, e o chinês Xi Jinping.
Mas a ausência de “pesos pesados” da política mundial, como os
presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, da França, François
Hollande, e o primeiro-ministro britânico David Cameron, ofusca o brilho
da festa. A recusa desses líderes em posar ao lado de Putin é vista
como uma mensagem clara de repúdio à situação dos direitos humanos na
Rússia.
O país aprovou em junho passado uma lei considerada “antigay” com
eventuais punições para quem fizer propaganda da homossexualidade, o que
provocou uma enxurrada de críticas. As Olimpíadas são marcadas por
várias outras polêmicas. Além dos gastos exorbitantes, a preparação das
Olimpíadas de Sochi teve muitas denúncias de corrupção, de crimes
ambientais na adaptação da cidade balneária às margens do Mar Negro para
acolher modalidades esportivas e problemas de atrasos na entrega das
instalações.
A segurança do evento é considerada sem precedentes, com mais de 37
mil policiais nas ruas para garantir a tranquilidade de atletas,
dirigentes e visitantes. O governo russo reforçou o já excepcional
esquema de segurança após as ameçadas de grupos extremistas de promover
atentados terroristas durante o evento.
Vitrine
Para o presidente Vladimir Putin, essas Olimpíadas devem ser uma
vitrine para mostrar uma Rússia moderna e dinâmica, 34 anos depois de o
país ter sediado as Olimpíadas de Verão, em Moscou. Tudo foi mantido em
segredo para a cerimônia de abertura que promete ser grandiosa e
encantar o público durante 2 horas e meia.
Não deve haver economia de efeitos especiais e fogos. Com toda a
pompa possível, o programa inclui desfiles por três períodos históricos
do país anfitrião: a Rússia Medieval, o Império Russo e o Século 20.
Tudo pontuado com muita dança e música. Há expectativa para a presença
do coral do Exército Vermelho que preparou uma versão da canção “Get
Lucky”, sucesso mundial do grupo francês Daft Punk.
Na sequência, haverá o desfile das 97 delegações presentes em Sochi,
entre elas a do Brasil. A porta-bandeira da delegação brasileira será
Jaqueline Mourão, que disputa sua quinta olimpíada.
Delegação brasileira recorde
Apesar da pouca tradição em esportes de inverno, o país disputa os
Jogos de Inverno com um número recorde de 13 atletas, inscritos em 7
modalidades.
As competições da 22ª Olimpíadas de Inverno já tiveram início nesta
quinta-feira (6) com as provas de patinação artística no gelo. Até o dia
23 de fevereiro, mais de 6 mil atletas disputarão medalhas em 15
modalidades.
Noticiário Internacional




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