EUA reforçam compromisso de defender Japão contra avanços da China
Secretário de Estado norte-americano enfatizou a importância da relação EUA-Japão
Os Estados Unidos reforçaram seu compromisso de
defender o Japão e a estabilidade na região Ásia-Pacífico em um cenário
de crescentes clamores territoriais da China.
Após uma reunião com o ministro japonês das Relações Exteriores,
Fumio Kishida, o secretário de Estado norte-americano John Kerry
enfatizou na sexta-feira a importância da relação EUA-Japão, que os dois
países dizem continuar robusta apesar da saia justa de uma visita do
primeiro-ministro Shinzo Abe a um polêmico santuário de guerra em
dezembro.
Kerry disse que os EUA e o Japão estão comprometidos com uma
colaboração de segurança mais estreita e salientou o compromisso
norte-americano de longa data de defender o Japão em caso de ataque.
"Sublinhei que os Estados Unidos continuam tão comprometidos quanto
sempre a cumprir com as obrigações do tratado com nossos aliados
japoneses", declarou Kerry aos repórteres depois das conversas com
Kishida.
"Isso inclui o Mar do Leste da China", disse Kerry, reiterando que
Washington "nem reconhece nem aceita" a zona de defesa aérea que a China
declarou na região que disputa com o Japão e outras nações asiáticas.
Kerry ainda afirmou que os EUA não mudarão a condução de suas operações na região.
"Estamos profundamente comprometidos a manter a prosperidade e a estabilidade da região Ásia-Pacífico", disse Kerry.
Os Estados Unidos usaram bombardeiros B-52 através da zona de defesa
aérea chinesa depois que esta foi declarada no ano passado. Autoridades
norte-americanas alertaram que qualquer declaração de Pequim sobre outra
zona parecida no Mar do Sul da China pode resultar em mudanças nos
destacamentos militares dos EUA na região.
O ministro chinês das Relações Exteriores, Hong Lei, criticou os
comentários de Kerry em um comunicado neste sábado, dizendo que a zona
de defesa aérea da China está inteiramente alinhada com leis e normas
internacionais.
"Exortamos os EUA a pararem de fazer comentários irresponsáveis para
não danificar a estabilidade regional e a relação China-EUA", disse
Hong.
Em uma declaração separada, Hong também disse que qualquer ajuste na
política dos Estados Unidos na região Ásia-Pacífico "tem que funcionar
para a paz e a estabilidade regional".
Ele reagia a comentários do dia 4 de fevereiro de Daniel Russel,
secretário-assistente do Departamento de Estado para assuntos do Leste
Asiático e do Pacífico, de que os EUA planejam intensificar seus
esforços para reequilibrar sua política para a região Ásia-Pacífico.
R7
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