Presos suspeitos de matar adolescente de 17 anos em ritual de magia negra
Menor teve o pescoço cortado e o corpo jogado do segundo andar de uma casa onde funcionava o centro de candomblé
No dia 31, os assassinos armaram uma emboscada para a jovem, atraindo Camilla para a casa onde funcionava o centro de candomblé |
A Polícia Civil apresentou nesta segunda-feira três suspeitos de
matar uma adolescente de 17 anos durante um ritual de magia negra no
Bairro São Bernardo, Região Norte de Belo Horizonte. O crime brutal
aconteceu no dia 31 de outubro de 2013, data escolhida pelos assassinos
por ser Dia das Bruxas. A menor teve o pescoço cortado e o corpo jogado
do segundo andar de uma casa onde funcionava o centro de candomblé.
Camilla Christina Oliveira de Souza se interessou pela religião e passou
por um ritual de iniciação para começar a frequentar o centro. De
acordo com a delegada Cristiana Angelini, a jovem recebeu uma guia – um
colar – preto que deveria usar sempre. Incomodada com a peça, ela
resolveu retirar, o que gerou a raiva do pai de santo Raony Dias
Miranda. Ele combinou com outros dois frenquentadores do centro de matar
Camilla e “fechar o corpo” dos três. Eles consideraram falta de
respeito a adolescente não aceitar a guia.
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Delegada Cristiana Angelini disse que os três mataram a jovem porque queriam “fechar os corpos” |
No dia 31, os assassinos armaram uma emboscada para a jovem, atraindo
Camilla para a casa onde funcionava o centro de candomblé. Quando ela
chegou, foi atacada com uma “gravata” por Warley dos Reis Valentin da
Silva, que teve ajuda de Kliver Marlei Alves dos Santos. Os dois
seguraram a menor e Raony cortou o pescoço dela com uma faca. Em
seguida, os três beberam o sangue da adolescente, arrastaram o corpo e
jogaram do segundo andar da casa. O corpo de Camilla foi encontrado na
calçada da casa cheio de fraturas.
Os envolvidos fugiram logo depois do crime. Policiais foram até o
local para recolher o corpo e fazer perícia, mas acharam estranho o
corpo estar sem sangue. Ao entrar no imóvel acharam o sangue dentro de
uma bacia, junto com a faca usada no crime. Testemunhas informaram aos
policiais que ouviram muitos gritos quando a menina foi morta e que os
assassinos colocaram som alto para disfarçar. O irmão de Camilla, também
ouvido pela polícia, disse que recebeu uma ligação no dia do
assassinato com alguém se identificando como lúcifer e avisando que algo
ruim aconteceria.
Quando foram presos, os envolvidos negaram o crime. Disseram que um
rapaz matou Camilla e os obrigou a jogar o corpo. Os três já tem
passagens na polícia por tráfico de drogas e Kliver foi preso
recentemente por porte ilegal de arma.
Correio Braziliense
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