Sob Suspeição: prefeitura de Bayeux firma contrato com empresa da ambulância fantasma

Sob suspeição: prefeitura de Bayeux firma contrato com empresa envolvida em escândalo da ‘ambulância fantasma’
A prefeitura de Bayeux, município da grande João Pessoa, enviou uma nota
à imprensa nesta segunda-feira (03) informando que firmou um contrato
com o “Instituto BioSaúde”, que é uma Organização Social de direito
privado, para gerir a administração da Maternidade Municipal João
Marsicano.
A negociação poderia ser vista como outra qualquer, se não fosse essa
mesma empresa suspeita de estar envolvida em um escândalo com uma
ambulância fantasma, com a logo da gestão Expedito, denunciada no ano
passado pelo portal Bayeux em Foco. O contrato tem respaldo legal por
uma lei aprovada pelos vereadores instituindo a Parceria
Público-Privadas (PPP).
No escândalo, que foi repercutido amplamente pela imprensa, imagens
registradas por um taxista mostram quando a ambulância, altamente
moderna, estava estacionada em frente a uma residência.
O mais estranho e curioso ainda é que a UTI Móvel, com a logomarca da
gestão, pertence a um particular, está financiada e a placa é da cidade
de Patos.
A ambulância estava em frente a uma casa na Rua Helena Meira Lima,
Tambaú, próximo à orla marítima de João Pessoa. Á época, após o registro
fotográfico, a UTI Móvel “desapareceu” do local e as pessoas que
estavam na casa foram embora.
O fato é que agora, dois meses após a denúncia, a prefeitura, que chegou
a afirmar que desconhecia a origem da ambulância e que a Procuradoria
teria sido acionada para investigar o caso, firma um contrato com a
mesma empresa envolvida no escândalo.
A denúncia é ainda muito mais grave porque o próprio prefeito Expedito
Pereira (PSB) afirmou em nota que " a ambulância não está ligada direta
ou indiretamente a nenhuma secretaria’.
“Este veículo possui a logomarca da prefeitura de Bayeux, mas não presta
nenhum tipo de serviço para prefeitura e por este motivo nós estamos
averiguando essa situação com os setores responsáveis”, esclareceu Dr.
Expedito Pereira.
O questionamento que se faz é: Como uma empresa que não possuía ligação
com a prefeitura de Bayeux adesivou uma UTI com a logomarca e slogan do
governo Expedito e dois meses depois ela firma um contrato para gerir de
forma pactuada o hospital materno?
Alguém pode estar mentindo nessa história toda. E mentira em
administração pública pode ser considerada crime. Sendo assim, o
Ministério Público da Paraíba, através da promotoria de saúde de Bayeux,
poderá investigar o caso.
Veja abaixo fotos e imagens sobre a UTI móvel, a empresa, e as
declarações do prefeito de que a empresa não tinha ligação com a
prefeitura de Bayeux.
Bayeux em Foco




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