Brasil fica em 46° lugar em novo índice que mede a qualidade de vida
O
Brasil ficou em 46° lugar entre 132 países em um ranking que mediu o
Índice de Progresso Social (IPS) – um novo indicador global que avalia
parâmetros que compõem a qualidade de vida dos cidadãos, como saúde,
moradia, segurança pessoal, acesso à informação e à educação, saneamento
básico, sustentabilidade e tolerância. O Brasil somou 69,97 pontos na
média geral, em uma escala de 0 a 100 pontos.
A Nova Zelândia aparece em primeiro lugar, com 88,24 pontos, seguida
por Suíça, Islândia, Holanda, Noruega e Suécia. Dos dez primeiros
colocados, oito são da Europa: os outros dois são Canadá e Austrália. O
último colocado foi o Chade, país da África, com 32,60 pontos.
Segundo esse novo índice, o Brasil ficou mais bem colocado do que
outros países com PIB (produto interno bruto) semelhante. O país foi
também o primeiro entre os BRICS – grupo de potências emergentes da
economia global –, seguido pela África do Sul (69º), Rússia (80º), China
(90º) e Índia (102º).
O país se saiu melhor especialmente nos itens “liberdade e escolha
pessoal” (foi 27º no mundo), “tolerância e respeito” (33º) e “acesso ao
conhecimento básico” (38º). Já no parâmetro “segurança pessoal” o Brasil
ficou em 122º e em “acesso à educação”, em 76º – colocações baixas em
comparação a países com o PIB per capita similar.
América Latina
Segundo o relatório divulgado junto com o IPS, a maioria dos países da
América Latina e do Caribe excederam as expectativas e se saíram melhor
do que o esperado, levando em conta sua força econômica.
O Brasil foi o sexto colocado entre os países latino-americanos. O
país mais bem sucedido da região foi a Costa Rica, que apareceu em 25º
lugar. Em seguida vieram o Uruguai (26º), o Chile (30º), o Panamá (38º) e
a Argentina (42º).
Segundo o índice, a América Latina e o Caribe se saíram bem em
parâmetros como “nutrição e cuidados médicos basicos” e “acesso ao
conhecimento básico”, que mede a porcentagem de adultos alfabetizados e
de crianças na escola. Já os parâmetros “segurança pessoal” e “acesso à
educação superior” foram falhos na região.
Crescimento X progresso social
O IPS classifica 132 países em mais de 50 indicadores. A ideia é avaliar
“se um país pode satisfazer as necessidades básicas de seu povo” e se
tem “infraestrutura e capacidade para permitir que seus cidadãos possam
melhorar a qualidade de suas vidas e alcançar seu pleno potencial”.
“O índice mostra que o crescimento econômico não leva automaticamente
ao progresso social”, afirma Michael Green, diretor-executivo do Social
Progress Imperative, organização sem fins lucrativos que publica o
índice. “Se queremos enfrentar problemas como a pobreza e a
desigualdade, o índice mostra que medir o crescimento económico por si
só não é suficiente”, completa.
Algumas das maiores economias do mundo não se saíram tão bem, como a
Alemanha, em 12º lugar, o Reino Unido, em 13º, o Japão (14º), os Estados
Unidos (16º) e a França 20º. Todos eles, exceto a Alemanha, tiveram
baixa pontuação em sustentabilidade ambiental.
Os baixos rankings da Rússia (80º), China (90º) e Índia (102º)
mostram que o rápido crescimento econômico destes países ainda não está
sendo convertido em uma vida melhor para os seus cidadãos, disse Green.
Outro indicador que mede a qualidade de vida dos países é o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH), da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em 2012, o Brasil ficou em 85º lugarentre 187 países.
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G1.com
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