Eclipse lunar será visto na PB; fenômeno é conhecido como Lua de Sangue e anuncia tragédias
Coloração se dá através de uma combinação de fatores |
Para
os amantes da astronomia, a madrugada que segue desta segunda (14) para
terça (15) é esperada com ansiedade, pois acontece um eclipse total da
Lua. O fenômeno poderá ser visto em todo Brasil, mas será melhor
percebido na fase final, nas localidades mais a Oeste do país, como João
Pessoa. A Lua, a Terra e o Sol estarão em perfeito alinhamento,
cobrindo a Lua na sombra da Terra.
O
astrônomo Jair Barroso, pesquisador do Observatório Nacional, explica
que o evento vai começar às 3h, horário de Brasília, quando a Lua já
está no lado poente. “O pico do eclipse total acontece por volta das
4h45 e o final [do fenômenos] não vai ser visto em algumas regiões a
Leste, porque o dia vai clarear, como no Rio de Janeiro”, diz Barroso.
A duração do eclipse total, enquanto a Lua ficar totalmente imersa na sombra da Terra, será de 78 minutos.
O
nosso satélite natural estará entre a estrela Espiga, a mais brilhante
da Constelação de Virgem, e o planeta Marte e apresentará uma tonalidade
avermelhada. “Os raios do Sol que atingem a atmosfera da Terra serão
refratados e atingirão a Lua. A atmosfera, então, retém o azul violeta
no nosso espectro e passa a iluminar a Lua com uma coloração alaranjada
escura”, explica o astrônomo do Observatório Nacional. O fenômeno é
chamado de Lua Vermelha ou Lua Sangrenta.
Para
os mais crédulos, a Lua de Sangue é temida devido a uma citação
bíblica, no livro de Apocalipse, em 12º E, que diz: “E, havendo aberto o
sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol
tornou-se negro, e a lua tornou-se como sangue.” Algumas culturas crêem
que essa fase lunar anuncia guerras e tragédias.
As
pessoas nas localidades mais a Oeste do continente, como os estados de
Mato Grosso e Amazonas e o Chile poderão acompanhar o eclipse até o
final, antes de clarear o dia. As ilhas do Pacífico e a Austrália também
terão uma visão privilegiada do fenômeno.
Para
Barroso, o desconhecimento sobre o universo é o que desperta essa
fascinação pelos eventos astronômicos. “Apesar de toda tecnologia, de
termos conseguido mandar naves para o espaço, conhecemos apenas um
pedacinho do que nos cerca. Somos muito pequenos e a astronomia nos
permite, a cada dia, uma descoberta nova”, conclui o astrônomo.
Agência Brasil
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