Obama diz que programa nuclear só traz 'isolamento' à Coreia do Norte
A Coreia do Norte é um "Estado pária"' e fraco, cuja fronteira
fortemente militarizada com o Sul "marca o limite da liberdade",
declarou neste sábado (26) o presidente norte-americano, Barack Obama,
durante um discurso para as tropas americanas na Coreia do Sul. Ele
segue para a Malásia, penúltima parada pelo giro que faz por países
asiáticos.
O que define a diferença entre os dois países é uma fratura entre a
"democracia que cresce e um Estado pária que esfomeará seu povo no lugar
de nutrir suas esperanças e sonhos", disse Obama em sua visita a Seul.
Segundo o presidente, o prosseguimento do programa nuclear da Coreia do
Norte apenas aportará "mais isolamento" ao país e Pyongyang não ganhará
"nada" fazendo ameaças.
Barack Obama afirmou ainda que o compromisso de Washington com a
segurança da Coreia do Sul "será reforçado" no caso de uma agressão de
seu vizinho do norte. Os EUA "têm um papel importante nos acontecimentos
na península coreana", disse Obama, que lembrou as ações americanas
durante a Guerra da Coreia e classificou Seul como "um verdadeiro aliado
para conseguir a estabilidade na Ásia".
Afirmou ainda que a Coreia do Sul é "uma democracia crescente que
escolheu o caminho da prosperidade", enquanto seu vizinho do norte
"preferiu o caminho do confronto e da provocação" e por isso causou
"privações e crises de fome" em sua população. "Qualquer país pode
exibir seus mísseis e suas armas. Mas isso não o torna mais forte",
ressaltou o presidente americano em seu discurso.
Segundo um centro americano de estudos especializado na Coreia do Norte, o governo de Pyongyang parece concluir os preparativos para um quarto teste nuclear.
Segundo um centro americano de estudos especializado na Coreia do Norte, o governo de Pyongyang parece concluir os preparativos para um quarto teste nuclear.
Imagens obtidas por satélites mostram um aumento das atividades em
Punggye-ri, onde o regime norte-coreano realiza seus testes nucleares,
que estariam vinculadas "provavelmente à preparação de uma nova
detonação" atômica, revelou o instituto EUA-Coreia do Sul da
Universidade John Hopkins na quinta-feira.
A Coreia do Norte já executou três testes nucleares: em outubro de
2006, em maio de 2009 e em fevereiro de 2013, ações proibidas pela ONU e
que, em cada uma dessas ocasiões, provocou um aumento das sanções
internacionais contra o país asiático.
Na sexta-feira, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, convocou seus soldados para um 'conflito iminente com os Estados Unidos'.
Kim, comandante supremo de um Exército de 1,2 milhão de homens,
proferiu a mensagem durante visita a uma unidade de artilharia, revelou a
Agência Central de Notícias Coreana (KCNA).
"Nosso querido comandante supremo Kim Jong-Un disse que, atualmente,
nada é mais importante que a preparação para o iminente conflito com os
Estados Unidos", segundo a KCNA.
G1
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