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OPERAÇÃO PAPEL TIMBRADO: Assessor afirma que Prefeito de Mari/PB já sabia da operação antes mesmo dela ser deflagrada
quinta-feira, 3 de abril de 2014 Posted by Silvano Silva ✔


Assessor Professor Josa
Assessor Professor Josa
A Operação Papel Timbrado deflagrada na manhã desta quinta-feira (03) pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (Gaeco/MPPB), em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), Controladoria Geral da União (CGU), Tribunais de Contas do Estado (TCE) e da União (TCU), pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica e Polícias Civil e Militar da Paraíba pode ter sido vazada antes mesmo dela acontecer, pelo menos foi o que revelou o Coordenador de Comunicação da Prefeitura de Mari, Joseilson Antonio. A cidade é uma das investigadas no esquema que está sendo investigado.
O Coordenador de Comunicação do município, Professor Josa, durante participação no Programa Liberdade de Expressão desta manhã (03) disse que o prefeito Marcos Martins estaria em sua residência em João Pessoa bastante tranquilo, pois o mesmo já sabia da realização da operação. “Eu conversei agora pouco com o prefeito e ele me dizia justamente que já tinha conhecimento de que haveria uma operação não só em Mari mas em outras cidades e que essa operação ela iria buscar informações com relação a licitações não só de 2013 como também de 2011 e 2012″, afirmou Josa, conforme o leitor pode ouvir a seguir:
Questionado como o Prefeito de Mari Marcos Martins teria tido acesso a informação da realização da operação antes mesmo dela ser deflagrada pelos órgãos envolvidos, já que a mesma acontece sob sigilo, o Coordenador de Comunicação da Prefeitura de Mari corrigiu sua fala, mas afirmou que o prefeito soube de boatos antes da realização da referida operação. Ouça:
“Papel Timbrado”
A Operação “Papel Timbrado” objetiva apurar a comercialização ilegal de “kits de licitação” (papéis timbrados de construtoras, certidões negativas, contratos sociais, documentos de sócios, propostas de preços e outros documentos comumente exigidos em licitações), boletins de medição e até notas fiscais, no intuito de fraudar licitações e contratos junto aos municípios paraibanos.
Investigações preliminares realizadas pelo Gaeco demonstraram que uma organização criminosa utiliza-se de 53 empresas do ramo da construção civil, sendo a maioria delas “fantasmas”, para se alternar em licitações públicas, frustrando a competitividade e fraudando licitações voltadas à realização de obras e serviços de engenharia. O montante de contratações destas empresas aponta para irregularidades na ordem de R$ 200 milhões.
Levantamentos realizados pelo Gaeco também demonstram que, em três anos (de 2011 a 2013), as 15 empresas mais utilizadas integrantes da organização criminosa foram beneficiadas com contratos cujos valores ultrapassaram R$ 60 milhões e com pagamentos já realizados que superaram R$ 45 milhões, conforme dados obtidos junto ao TCE-PB.
Equipes de fiscalização da CGU visitaram obras que estariam sendo realizadas pelas empresas investigadas em seis municípios paraibanos e constataram indícios de que as obras são executadas pelas próprias prefeituras, sendo as empresas utilizadas apenas como “fachada” para encobrir o desvio de recursos públicos.

Do Expresso PB

Silvano Silva ✔

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