Apenas duas prefeituras paraibanas envolvidas na Operação Papel Timbrado se pronunciaram sobre o caso e negaram que seus atuais gestores estivessem envolvidos com esquema de fraudes em licitação ou coisa do tipo.

A primeira a se pronunciar oficialmente foi a prefeitura de Alhandra, onde o prefeito da cidade, Marcelo Rodrigues (PMDB), tão logo soube da operação, se dirigiu à sede da Prefeitura e se colocou, junto com sua equipe de secretários e auxiliares, à disposição das autoridades. “A atuação dos órgãos de defesa da sociedade é muito importante porque ratifica a idoneidade de quem atua em conformidade com a lei e pune os maus gestores, inibindo a prática de crimes contra o patrimônio e recursos públicos”, afirmou.

Em Alhandra, da atual gestão, um processo do setor de licitação foi levado para averiguação, pelo promotor de Justiça, Raniere Dantas da Silva. Trata-se do processo referente a contratação da empresa Monte Belo que executou as obras de instalação dos 4 mil metros de cerâmica que foram colocados nas escolas municipais, no ano passado. A cerâmica foi doada pela fábrica Elizabeth e a empresa Monte Belo, vencedora da licitação para colocação dos pisos, recebeu R$ 47.527,20 pela execução do serviço. Segundo o integrante da comissão de licitação da Prefeitura de Alhandra, Elias Araújo, o processo foi levado apenas porque a referida empresa é investigada em outras ações, de outras gestões.

“Não há irregularidade alguma em relação à Prefeitura e a contratação da referida empresa. O processo foi licitado dentro das normas vigentes, o serviço foi realizado integralmente e a empresa recebeu um valor compatível ao serviço executado”, esclarece o procurador geral do município, advogado Rodrigo Cabral. Ele disse ainda que, em relação à Alhandra, outras ações e licitações, também fazem parte das investigações da Operação “Papel Timbrado”, cujo período de apuração dos fatos remontam, aos anos de 2011 e 2012, período em que a prefeitura de Alhandra era administrada pelo ex-gestor Renato Mendes.

Já a Prefeitura de Sapé se pronunciou oficialmente através de nota a imprensa, onde atual gestão se exime completamente da responsabilidade e revela o nome das empresas que prestaram serviço ao município e que segundo a nota se refere a gestão anterior de 2011 e 2012 na qual estão sendo investigadas as empresas Dubai, Safira, Santa Fé, Esparta, Cristal e RLA.

As demais prefeituras ainda não se pronunciaram oficialmente, apenas a prefeitura de Mari através de seu assessor de comunicação se pronunciou antes mesmo do final das diligências na manhã de ontem (04) e revelou que o prefeito Marcos Martins já sabia que a operação iria ser deflagrada e estava tranquilo com a família em sua residência em João Pessoa.

Leia também: – Assessor afirma que Prefeito de Mari/PB já sabia da operação antes mesmo dela ser deflagrada

- R$ 200 milhões: Operação desarticula esquema de fraudes em licitações e lavagem de dinheiro na PB

Do Expresso PB