Prefeito de Mari/PB prorroga festa de emancipação e ato é visto como tentativa de frustrar comício de Cássio
A festa de emancipação política do
Município de Mari, na zona da mata paraibana, iniciada na última 4ª
feira (17), poderá se transformar em embate político financiado com
dinheiro público. Isso porque, as festividades que estavam previstas
oficialmente para encerrar-se na noite de ontem (21), foi prorrogada e
deverá ter continuidade na noite desta 2ª feira.
A decisão de prorrogar a programação
alusiva aos 56 anos de emancipação política da cidade foi anunciada na
última sexta-feira (19) pelo Prefeito Marcos Martins (PSB), e
está sendo vista, por muitos, como uma tentativa de esvaziar um evento
político do Candidato ao Governo, Cássio Cunha Lima (PSDB), também previsto para a noite de hoje, no mesmo Município.
As suspeitas sobre possíveis “motivações
políticas” para prorrogação da programação da festa, intitulada
“Festival da Mandioca”, só aumentaram após o Assessor de Comunicação da
Prefeitura não conseguir explicar os reais motivos da decisão durante
programa da rádio local. O Assessor limitou-se apenas a afirmar que o
objetivo seria: “comemorar, comemorar…” Insatisfeito com o teor da
resposta, o apresentador do programa voltou a questionar o Assessor
sobre a real necessidade de prorrogar as comemorações até a 2ª feira,
mesmo após 5 dias de festividades. Visivelmente irritado, o Assessor de
Comunicação tentou inverter o papeis de quem deveria dar explicações,
passando a questionar os motivos do apresentador para ser contra a
ampliação das festividades.
Para o Vereador Magdiel Olinto, a
“motivação política” do Prefeito em adiar o encerramento da festa está
clara. “Todos sabem que o Prefeito de Mari é do PSB e apóia o Candidato
Ricardo Coutinho, 2º colocado nas pesquisas de intenção de voto,
principal concorrente de Cássio, que lidera todas essas pesquisas. A
intenção de Marcos Martins é tentar esvaziar o comício de Cássio, e para
isso usa o dinheiro público para custear pagamento de bandas, além de
despesas com estrutura de palco e som”, diz o parlamentar mariense.
Magdiel alerta que o ato do Prefeito
pode caracterizar crime eleitoral por conduta vedada e causar
acirramento político na cidade, que vinha tendo uma campanha tranqüila,
sem animosidades políticas. “ Não há justificativa sensata na decisão do
Prefeito. As comemorações em homenagem a nossa cidade estão ocorrendo
desde a última quarta-feira, o dia da nossa emancipação foi 19 de
setembro, tivemos feira, exposição, artistas populares e bandas no
sábado e domingo. No ano passado foram apenas 4 dias de festividades,
então, qual o fato inusitado que levou o prefeito a fugir da programação
oficial deste ano, ampliando as comemorações até essa segunda-feira? Só
porque é período eleitoral e no mesmo dia está previsto um evento
político de candidatos que não são apoiados por ele?” questiona Magdiel.
Na cidade de Mari, Cássio é apoiado pelo
ex-prefeito Antonio Gomes (PSDB) e principal desafeto político de
Marcos Martins (PSB) que apóia o Candidato a reeleição Ricardo Coutinho.
Nos bastidores políticos da cidade de
Mari circulam rumores, de que, ao ampliar as festividades, Martins
estaria buscando evitar a presença em massa de populares no comício de
Cássio e ao mesmo tempo retaliar o ex-prefeito Antonio Gomes por ter
realizado um arrastão na semana passada com um público superior ao
realizado pelo atual alcaide mariense, dois dias antes.







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