Cientista político minimiza uso das redes sociais para atração de votos e destaca uso para ‘fazer o trabalho sujo’
O
cientista político, José Henrique Artigas, comentou em entrevista ao
portal paraiba.com.br que as redes sociais se mostraram mais ativas que
nas eleições passadas, mas que ainda não são um ‘ambiente que possa ser
decisivo’, além disso, ele apontou o uso para ‘fazer o trabalho sujo’,
pois não existe regulação dessa mídia.
Apesar de não ser um fenômeno
inesperado, Artigas explicou que o emprego das redes sociais se mostrou
mais ativo que nas eleições passadas, mas apontou que elas ainda não são
um ambiente que possa ser decisivo no apoio aos candidatos. Mesmo
havendo uma intensificação, para o cientista, as redes sociais são muito
seletivas e o internauta acaba ‘sintonizado’ com pessoas que tem uma
ideologia mais próxima, por isso a questão das intenções de voto não é
tão forte quanto no rádio e na TV.
“Pesquisas feitas sobre o
poder da internet, mostram que elas (as redes sociais) tem um a
importância relativa, mas que chega no máximo a 15%. “É pequena. Se
observar a campanha de Obama qeu foi a que mais utilizou na história, as
redes sociais, vemos que foi investido 8%, muito pequeno em relação a
rádio e TV”, conta.
Para o cientista, as redes
socias serviram para ‘fazer o trabalho sujo’. Coisas que a lei eleitoral
não permite falar na TV e no Rádio é falado nas redes sociais. “Isso
tem influenciado na rejeição dos candidatos, no ataque as pessoas sem
provas, denúncias vazias, factóides e acabam recorrendo para a internet
que é um espaço não controlado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”,
diz e completa: “O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e o TSE tem vetado
uma série de propagandas de ambas as candidaturas para colocar um
limite, mas nas redes sociais essa regulação não existe”, frisa.
Quem se beneficiou da campanha
nas redes sociais em âmbito nacional, foi o PT, pois, de acordo com
Artigas, existe uma militância voluntarista, pessoas que individualmente
resolvem fazer campanha, além da militância nas redes sociais mais
aguerrida e voluntarista, não são contratados, mas fazem campanha.
“Elas tem um impacto que ainda não é decisivo, mas influente. Ao que
parece, elas tem muito mais impacto para desconstruir candidaturas que
para construir alternativas. São mais negativas que positivas para as
candidaturas”, é a impressão que o cientista diz ter.
Com Paraiba.com.br
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