Unidades de saúde divulgam balanço do atendimento durante o carnaval 2015
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nesta quarta-feira
(18), o balanço do atendimento nas unidades de saúde durante os quatro
dias de carnaval. No período de 14 a 17 de fevereiro, os plantões foram
considerados tranquilos, na sua maioria, com alguns registros de aumento
no número de atendimentos, em relação ao ano passado.
O Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena,
em João Pessoa, realizou 893 atendimentos, enquanto no ano passado
foram 600 atendimentos. Os casos envolvendo quedas lideraram as entradas
nos plantões este ano, com 139 pacientes atendidos. Foram 89 vítimas de
acidentes de moto, seguido por agressão física com 22 atendimentos,
acidente de automóvel (17), vítimas de arma de fogo (20), atropelamento
(23), arma branca (10), queimaduras (18), trauma (38), acidente de
bicicleta (4) e afogamento (2).
Já o Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, de
Campina Grande, atendeu 905 pessoas durante o período carnavalesco. Um
número menor que no ano passado, quando foram atendidos 991. O diretor
Geraldo Medeiros chama a atenção para a grande quantidade de acidentes
de motos, sendo quase o dobro do número registrado no Trauma da capital.
“Aqui atendemos 175 acidentes envolvendo motos e em João Pessoa foram
89, no mesmo período. Outro fato que chama a atenção é que o número de
atendimentos em lesões provocadas por armas de fogo foi maior do que com
armas brancas”, afirmou. Foram 13 vítimas de tiro e 11 de facada.
Na UPA de Santa Rita foram 643 atendimentos e um óbito; na de Guarabira, 575 e na de Princesa Isabel, 263 atendimentos.
No Hospital Regional Sebastião Rodrigues de Melo, de Itabaiana foram 453 atendimentos, nos quatro dias do carnaval.
Na Maternidade Frei Damião, em João Pessoa, foram 181 atendimentos, sendo 53 internações, 24 partos normais e 17 cesarianas.
No Sertão - Entre as cidades paraibanas onde houve
folia, Cajazeiras, no Alto Sertão paraibano, conta com o Hospital
Regional, a Maternidade e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Nos
quatro dias do carnaval, o movimento foi tranquilo em todas as unidades.
“A festa foi enorme, acolhendo pessoas de todo estado e até dos estados
vizinhos. Diante disso, antes do carnaval, organizamos um esquema de
segurança e saúde para toda a cidade, envolvendo Polícias Civil e
Militar, bombeiros, Samu, UPA, entre outras instituições e surtiu
bastante efeito, com o número de atendimentos sendo dentro da
normalidade”, garantiu a diretora do Hospital de Cajazeiras, Edjane
Leite.
Nos quatro dias de carnaval, o Hospital Regional de Cajazeiras
registrou 317 atendimentos; na Maternidade houve 73 atendimentos, sendo
25 partos cesáreos e quatro normais e na UPA foram 623 atendimentos.
No Hospital Regional Dr. Américo Maia de Vasconcelos, em Catolé do
Rocha, foram 607 atendimentos, sendo 556 ambulatoriais, 24 de urgência,
11 cesarianas e dois partos normais.
Segundo a diretora do Hospital Regional de Patos, Higia Lucena,
tudo ocorreu dentro da normalidade, nos quatro dias de carnaval, com o
atendimento a 485 pessoas de 41 cidades, com destaque para 40 acidentes
de motos e 237 atendimentos na urgência. Já na Maternidade Peregrino
Filho, também de Patos, foram 166 atendimentos ambulatoriais, 30
cesarianas e 26 partos normais e no Hospital Infantil, foram 455
atendimentos de Urgência e Emergência e 21 internações. O
Hospital Sinhá Carneiro, de Santa Luzia, registrou 185 atendimentos na
urgência e emergência, com nove internações.
O Hospital Regional de Sousa Deputado Manoel Gonçalves de Abrantes
realizou 531 atendimentos. Diferente do que ocorria em outros anos, em
2015 não houve carnaval naquela cidade. “Estou na gestão do hospital
desde 2011 e sempre houve carnaval. Sem a folia percebemos uma grande
diferença na movimentação do hospital. Foram poucos atendimentos, poucos
acidentes, poucas urgências, ou seja, foram plantões muito tranquilos”,
disse a diretora do Hospital, Cláudia Sarmento Gadelha.
Em Pombal também não teve folia. Há muitos anos que a tradição
naquela cidade é de retiros religiosos no período momesco. Dentro desse
perfil, o movimento no Hospital Regional de Pombal foi tranquilo, com
198 atendimentos na área azul; 127 na verde; 14 na vermelha; um
atendimento a vítima de agressão física e dois partos normais.
No Hospital Regional de Piancó, foram realizados 253 atendimentos,
dos quais, quatro foram a vítimas de acidentes de trânsito, 237 urgência
e emergência e 12 pequenas cirurgias. No Hospital de Aguiar, foram 193
atendimentos; uma transferência por enfarto e não foi registrado nenhum
acidente.
No Hospital Distrital Dr. José Gomes da Silva, de Itaporanga, foram
249 atendimentos, sendo 205 em urgência e emergência; oito acidentes de
carro e moto; sete cesarianas e quatro partos normais.
Clementino Fraga - No Complexo Hospitalar
Clementino Fraga, na capital, tradicionalmente, o movimento aumenta após
o carnaval. “Muita gente interrompe o tratamento de Aids e tuberculose,
no período de carnaval, e depois retorna ao hospital para reiniciar.
Tem também aquelas pessoas que têm relações sem o uso de preservativos
ou de qualquer outro método contraceptivo e vem ao Clementino em busca
de ajuda”, disse a diretora geral, Adriana Teixeira.
Nos quatro dias de folia foram realizados 12 atendimentos a pessoas
que tiveram relações sexuais sem prevenção. “A vinda ao hospital deve
ocorrer em até 48 horas, após a relação, para fazer o teste rápido.
Dependendo do resultado e do histórico do paciente, o médico prescreve a
medicação para HIV, na tentativa de barrar o vírus”, explicou a
diretora.
O Clementino registrou ainda um óbito por HIV/Aids; nove
internamentos, sendo dois casos de tuberculose e sete de HIV, em
pacientes antigos. No total, foram 74 atendimentos, sendo 37 de urgência
(HIV – Tuberculose – Hanseníase) e 37 comuns.
Juliano Moreira - No Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira foram internos 11 pacientes, sendo nove homens e duas mulheres.
Hemocentros - No Hemocentro de João Pessoa, foram
registradas 107 doações, um aumento de cerca de 20% em relação ao ano
passado, quando foram 87 doações, no mesmo período. Já os
hemocomponentes, foram 313 liberações, um aumento de cerca de 30% em
relação a 2014, quando foram realizadas 241 liberações,
“Com isso, no carnaval conseguimos atender a todas as demandas,
porém, o nosso estoque está crítico, pois à medida que conseguimos mais
doadores, o aumento da demanda foi ainda maior”, explicou a diretora
geral do Hemocentro, Sandra Sobreira.
O Hemocentro Regional de Campina Grande liberou 213 bolsas de
sangue para hospitais de Campina Grande e de outras cidades paraibanas. O
número é 30% acima da quantidade liberada no ano passado, durante o
carnaval. Apesar do aumento da quantidade de bolsas liberadas neste ano,
o estoque nesta quarta-feira de cinzas (18) continuou satisfatório,
tendo em vista que nos dias que antecederam o período de Carnaval, houve
aumento no número de doadores. A média diária, que costuma ser de 60 a
70, na semana passada superou 100 doadores por dia.
Assessoria
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