A cada cinco dias um jornalista morre no mundo pelo simples fato de estar exercendo a sua profissão e o Brasil é o quarto país mais violento para atuar como jornalista. Os número são do Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ) que revelou indicadores do Brasil de 1992 até 2014 por setores de atuação.

Esse cenário de perigo  não está muito distante da nossa Paraíba e em levantamento feito peloExpressoPB.com pode-se constatar que em apenas uma semana profissionais de imprensa são alvo de ataques por parte de políticos e de anônimos, neste último caso também remetido a classe política.

Na quinta-feira (19) da semana passada os jornalistas Lenilson Guedes (Jornal da Paraíba) e Judivan Gomes (Rádio Tabajara) foram destratados e agredidos  pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PP) durante sua visita a Paraíba, mas precisamente a Câmara Municipal de João Pessoa para proferir palestra sobre o cenário político nacional.

O Deputado Bolsonaro não teria gostado da pergunta do repórter Lenilson Guedes, do Jornal da Paraíba, se ele seria contra os pobres: “não me faça pergunta idiota”, disparou o deputado.

O repórter da Rádio Tabajara, Judivan Gomes, reagiu e emparedou Bolsonaro, que ainda mostrando irritação não teve outra alternativa a não ser pedir desculpas a Lenilson.

No mesmo dia a residência do radialista Felipe França, em Rio Tinto, no Litoral Norte paraibano, foi alvo de vândalos.

De acordo com informações, homens teriam jogado tinta óleo no portão da casa e no carro do jornalista, em tom de ameaça. A polícia informou que uma investigação foi aberta para identificar os autores do vandalismo.

Felipe França que tem atuação na Rádio Correio do Vale e é um dos editores do Portal PBVale responsabiliza a classe política ou pessoas ligadas pela ação de intimidação.

Nesta terça-feira (24) o vereador Leonides Teixeira da cidade de Mari, Zona da Mata da Paraíba, partiu para atacar fervorosamente os profissionais de imprensa da cidade onde os taxou de “caras de pau” e “mentirosos” assemelhando os mesmos profissionais a um “bando”.

Nesta segunda-feira (23) o vereador Léo já havia sugerido que a prefeitura de Mari despejasse os equipamentos da Rádio Comunitária Araçá FM do local onde se encontra atualmente, já que a Estação Ferroviária está sob a responsabilidade da prefeitura.

Em postagem no facebook nesta terça (24) o vereador em tom de raiva disse que o prefeito de Mari, Marcos Martins não processa continuamente os profissionais porque eles são caras de pau.

Leo Teixeira protagonizado um permanente enfrentamento com setores da imprensa de Mari, mas precisamente aos profissionais que atuam na Rádio Comunitária Araçá FM e usa da tribuna da câmara, dos meios de comunicação que tem acesso para excitar a população ao ódio contra os profissionais de imprensa.

Providências em defesa da classe –  Com  todos esses casos que vem sendo registrado de ataques a jornalistas no mundo a ONU (Organização das Nações Unidas) já iniciou uma discussão a respeito do tema  e segundo o secretário, Ban Kii Moon, é necessária a criação de um ambiente livre e seguro, que fortaleça a paz, democracia e desenvolvimento do mundo inteiro.

A ONU, inclusive, criou um Plano de Ação para a Segurança de Jornalistas e Questão de Impunidade cujo objetivo é simples: “assegurar que todo jornalista possa exercer seu trabalho com segurança”. Assim, a Organização pressiona para que seus países membros, hajam com mais rigor, criem leis mais severas, diminuindo estes índices e minimizando a impunidade.

Da Redação 
Do ExpressoPB