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SAPÉ:Prefeitura divulga os poemas vencedores do Concurso de Poesias
sexta-feira, 28 de abril de 2017 Posted by Silvano Silva ✔






A Prefeitura Municipal de Sapé, por meio da Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Turismo divulgou, com exclusividade, os poemas vencedores do 3º Concurso de Poesias Augusto dos Anjos, versão 2017.
Os vencedores foram em 1º lugar: Darlinton Jones Andrade da Silva, com o poema “Sobra Vivente”; o 2º  lugar: Allan Oliveira Falcão da Silva, com o poema "Soneto" (Quando depois da primeira vez que a vir) e o 3º lugar: José Demerson Gomes Lins, com o poema “Agonia Amante”.
A Menção Honrosa (Selo Augusto dos Anjos) foi destinada a Jamylli Ferreira de Lima pelo poema  “Supersticiosa”.
Confira abaixo os poemas:

1º lugar
Autor: Darlinton Jones Andrade da Silva
Poema: Sobra vivente
De mim, resta apenas o que sou.
Entre o muito e o pouco,
excesso e vazio,
sobram as partes que
não deixei cair pelo caminho.
De mim, resta apenas o que sou.
Entre o que fui e o que quis ser,
grito e silêncio,
sonhos amaldiçoados pelo tempo
tripudiam dos meus lamentos.
De mim, resta apenas o que sou.
Entre despedidas e chegadas,
fim e recomeço,
a alma cansa da tragédia anunciada
que a inconstância da vida tem seu preço.
De mim, resta apenas o que sou.
Entre a fé e o desengano,
lágrimas e sorrisos,
asas pesadas nas costas
não me deixam chegar no paraíso.
De mim, resta apenas o que sou.
Entre a dor e a cura,
desespero e esperança,
por batalhas ganhas e perdidas
segui firme no compasso dessa dança.
De mim, resta apenas o que sou.
Entre o que sei e o que quis saber,
mistérios e certezas,
coisas que jamais vou entender
infinitas dúvidas repletas de beleza.
De mim, resta apenas o que sou.
Nem um pouco mais, nem menos,
perímetro perfeito,
orgulho do resultado obtido
essência é uma conquista aqui de dentro.


2º  lugar
Autor: Allan Oliveira Falcão da Silva
Soneto
(Quando depois da primeira vez que a vir)
A Maria Elisa
Como uma nódoa cinza na flor carmim
Já estiver afixada a derradeira mágoa
Nesse coração outrora lírio d’agua
Hoje, desarmonioso no sopro de seu clarim.
E exorbitantemente gritar aos ventos
O que restou das angústias perpassadas
As benfazejas esperanças que encerradas
Não provocam anseios nem mais alentos.
Bem como todos os códigos e setas decifradas
Só indicarem ao fácil caminho descampado;
Onde não há pássaros para aspirações a suprir.
Tudo isso será folhas secas desintegradas
Pó, vácuo, poeiras calhadas para o renovado
Quando depois da primeira vez que a vir.


3º lugar
Autor: José Demerson Gomes Lins
Agonia Amante
Miserável sem prudência ou pudor
O que faz teu sorriso Horrendo
Tu não goza a vida e eu morrendo
Na substancia crucial da dor
Ha se não fosse esse copo de vinho
Pois queria eu o mais belo sonho
Tu dos planos mais tristonhos
Terá que me deixar sozinho
Eu na ineficácia absoluta do meio
Transcrevo sem influencia meu anseio
O que os ratos deixam de comer
E para não dar vida a minha desgraça
Engano me, pois tu como a traça
Terá que também morrer.


Menção Honrosa (Selo Augusto dos Anjos)
Autor: Jamylli Ferreira de Lima
Supersticiosa
Não me afetam
os chinelos virados
Roupas dobradas pelo avesso
Nem as linhas das calçadas.
Não temo os gatos pretos,
nem escadas, nem espelhos,
E as crianças
De bumbum para cima ou para baixo
Apenas durmam.
O que me afeta
São os anéis perdidos, quebrados.
São datas passadas separadas.
São os números que perseguem
Onde quer que se vá.
São as ampulhetas em cacos no piso
Espalhando areia
Quebrando o tempo
Pintando no chão um bicho.
Me tocam
são as velas no vazio
Apagadas por ninguém.
Me tomam
são as respostas dos santos
Os sopros dos orixás.
Me assustam são os presságios
disfarçados dos espíritos.

Com informações da SECOM

Silvano Silva ✔

Obrigado pela visita!

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