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Operação Xeque-Mate': Prefeito e vereadores de Cabedelo têm prisões mantidas pela Justiça
terça-feira, 3 de abril de 2018 Posted by Silvano Silva ✔


O prefeito de Cabedelo, Leto Viana (PRP) e os vereadores de Cabedelo, Antônio do Valle, Tércio Dornelas, Jacqueline Monteiro França, Júnior Datele e Lúcio José - presidente da Câmara - tiveram as prisões mantidas na tarde desta terça-feira (3).
Leto Viana, Antônio do Vale, Júnior Datele e Lúcio José foram encaminhados para o 5º Batalhão da Polícia Militar. 
A primeira-dama Jacqueline Monteiro, Tércio Dornelas e Leila Viana foram encaminhadas para 6ª Companhia da Polícia Militar, em Cabedelo.
O assessor da Prefeitura, Adeildo Bezerra, e o empresário do ramo de segurança privada, Marcos Antônio Silva dos Santos, foram levados para o presídio do Róger.
O servidor Gleuryston Vasconcelos Bezerra foi encaminhado para o Centro de Ensino da Polícia Militar. Inaldo Figueiredo foi para o 6º Batalhão de Polícia Militar.
Eles foram presos na Operação ‘Xeque-Mate’, deflagrada pelo Ministério Público da Paraíba e pela Polícia Federal com objetivo de desarticular esquema de corrupção na administração pública de Cabedelo, no âmbito dos poderes executivo e legislativo municipal.
Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de prisão preventivas, 15 sequestros de imóveis e 36 de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça da Paraíba. Além dos mandados, a justiça decretou o afastamento cautelar do cargo de 85 servidores públicos, entre eles o prefeito e o vice-prefeito de Cabedelo, e o presidente da Câmara Municipal.
Durante as investigações, ficou comprovado a participação das principais autoridades públicas do município que se beneficiavam do esquema de diversas formas, tendo registrado aumento patrimonial espantoso, muito acima do condizente com sua renda. Somente na aquisição de imóveis nos últimos cinco anos, verificou-se que um agente político envolvido movimentou mais de R$ 10 milhões à margem do sistema financeiro oficial.
Em um dos esquemas, foram detectados funcionários fantasmas da prefeitura e da câmara municipal que recebiam salários de até R$ 20 mil e entregavam a maior parte para as autoridades locais, ficando de fato com valores residuais.
Foram constatadas ainda doações fraudulentas de imóveis do patrimônio público municipal, bem localizados e de alto valor, para empresários locais sem que houvesse critérios objetivos para a escolha do beneficiado.
Os envolvidos responderão por formação de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e fraude licitatória. O prefeito responderá ainda por crime de responsabilidade de prefeito.
Paraiba.com.br

Silvano Silva ✔

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