Rivais do Brasil vivem dias de crise
Camarões convive com ameaça de greve,
Croácia corta jogadores e goleiro do México deixa campo contundido
enquanto seleção está tranquila Leia mais sobre esse assunto em
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RIO – Jogadores de Camarões nadam em dinheiro ganho em seus clubes na
Europa. Ainda assim, ameaçaram fazer greve por premiação. O goleiro
Jesús Corona subiu em direção ao céu na saída do gol e despencou na área
do México ao levar uma joelhada na cabeça. Saiu de campo de maca e será
obrigado a usar proteção no pescoço. Mesmo sem conseguir pronunciar
corretamente os nomes dos rivais, a torcida brasileira já tem na ponta
da língua a informação que a Croácia cortou quatro jogadores lesionados e
terá, ao todo, seis desfalques contra o Brasil, dia 12, na abertura da
Copa. Não bastasse enfrentar os donos da casa na primeira fase, os
adversários da seleção têm um Maracanã de problemas.
O efeito dominó derrubou um a um os croatas nesta reta final da
preparação na Áustria. O nome da cidade já parecia antecipar o que
viria: Bad Tatzmannsdorf. Lá, o técnico Niko Kovac recebeu a má notícia.
Niko Kranjcar, meia do Queens Park Rangers, estava fora, com lesão no
bíceps femoral. Ivan Strinic, lateral-esquerdo do Dnipro, da Ucrânia, o
atacante Ivo Ilicevic, do Hamburgo, e Mate Males, volante do NK Rijeka,
lesionados, já haviam perdido o voo e a vaga na seleção croata. Além
deles, o zagueiro Josip Simunic recebeu o cartão vermelho da Fifa antes
mesmo de a Copa começar. Ao entoar cânticos nazistas em um jogo, saiu do
tom e foi suspenso. Por fim, Mario Mandzukic, do Bayern de Munique,
desfalca o time contra o Brasil para cumprir suspensão por ter sido
expulso na última partida das eliminatórias.
Ao escolher como estadia o município de Mata de São João, distante
cerca de 80km de Salvador, e longe até do burburinho do centro da Praia
do Forte, a Croácia está em busca da paz perdida ao longo do caminho
para tentar se reencontrar até a estreia. A delegação desembarca na
Bahia na terça-feira, segue para o resort em Mata e retorna a Salvador
para um amistoso com a Austrália, na próxima sexta-feira, no estádio de
Pituaçu.
O problema de Camarões não é corte, é aumento. Liderados pelo capitão
Samuel Eto´o, os jogadores ameaçaram entrar em greve se o valor da
premiação pela participação na Copa não subir. Na última reunião, eles
discutiam algo em torno de R$ 50 mil para cada um, quantia inferior ao
prêmio oferecido em 2010, no Mundial da África do Sul. Em dinheiro
camaronês, isto significa cerca de 40 milhões de francos CFA.
Luxo em vitória
Com a maioria dos jogadores em atuação no milionário mercado europeu
de futebol, a quantia beira a insignificância diante dos salários
estratosféricos recebidos em euros. O próprio Eto´o, contratado até
agosto deste ano pelo Chelsea, ganha € 9 milhões por ano. Ao iniciar em
2011 sua temporada russa no Anzhi, Eto´o chegou ao topo da cadeia
salarial mundial dos jogadores de futebol com os seus € 20,5 milhões por
temporada. Mesmo o veterano atacante Webó, 32 anos, recebe € 3 milhões
por ano no Fenerbahçe, da Turquia.
Enquanto disputa a queda de braço com a Federação Camaronesa de
Futebol (Fecafoot), a seleção perde. Coincidentemente sem Eto´o,
Camarões foi derrotado pelo Paraguai por 2 a 1 na última quinta-feira,
em amistoso na Áustria. O craque teria problemas no joelho e já havia
ficado de fora da vitória de 2 a 0 sobre a Macedônia, na segunda-feira.
Mais influente em sua seleção que o técnico alemão Volker Finkel,
Eto´o tem privilégios no elenco, apesar de ser acusado de desinteresse
frequentemente. Em Vitória, ficará sozinho em uma suíte de luxo do Hotel
Sheraton, na Praia do Canto. Ainda que Finkel também tenha direito à
suíte de luxo, é Eto´o a quem os jogadores recorrem quando querem levar
as suas reivindicações e preocupações aos dirigentes camaroneses.
Com as mãos ao peito, deitado de costas em uma maca, Corona assustou o
México ao deixar o campo da vitória sobre Israel (3 a 0) na última
quarta-feira. Imobilizado, causou apreensão, mas a comissão técnica
garante que, apesar da contusão, estará em forma dia 23, no segundo jogo
do Brasil. Deverá ir para sacrifício, com proteção cervical no local e
restrição de movimentos.
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