Ariano Suassuna vai ser homenageado com medalha “José Américo de Almeida”
O poeta e escritor paraibano Ariano Suassuna vai ser
homenageado, na próxima quinta-feira (10), pela Procuradoria Geral do
Estado da Paraíba (PGE-PB). Suassuna vai receber a medalha “Procurador
José Américo de Almeida”, a mais alta honraria do órgão pelos relevantes
serviços prestados para o desenvolvimento da cultura paraibana.
A outorga da homenagem vai ocorrer durante a programação especial que
será promovida pela Academia Paraibana de Letras (APL), em parceira com
a PGE-PB, em comemoração ao Centenário do ‘Eu’, de Augusto dos Anjos. A
solenidade tem início às 19h30, no auditório da Estação Cabo Branco,
Ciência, Cultura e Arte, no Altiplano Cabo Branco, em João Pessoa. O
homenageado vai proferir a Aula Espetáculo: “A Paraíba, um estado de
poésis”.
O procurador geral do Estado, Gilberto Carneiro, disse que a outorga
da medalha “Procurador José Américo de Almeida” a Ariano Suassuna, é uma
forma de prestar uma justa homenagem ao ilustre paraibano que tanto tem
contribuído para difusão da cultura paraibana. “Conceder a mais alta
honraria da PGE-PB, que está sendo outorgada pela primeira vez, a Ariano
Suassuna, é uma forma de prestar uma justa homenagem a um dos
paraibanos que vem contribuindo de forma decisava para o fortalecimento e
difusão da cultura paraibana, em todo país e até no exterior”,
comentou.
Durante a ‘Aula Espetáculo’, que será aberta ao público, Ariano
Sussuana vai falar sobre a Paraíba de Augusto dos Anjos e apresentar um
pouco do seu pensamento, que o consagrou como dramaturgo, romancista e
poeta brasileiro, defensor da cultura do Nordeste.
Perfil do homenageado – Ariano Vilar Suassuna,
advogado, professor, teatrólogo e romancista, desde 1990 ocupa a cadeira
número 32 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é Araújo Porto
Alegre, o Barão de Santo Ângelo (1806-1879).
Filho de João Suassuna e de Rita de Cássia Villar, Ariano estava com um pouco mais de três anos quando seu pai, que havia governado o Estado no período de 1924 a 1928, foi assassinado no Rio de Janeiro, em conseqüência da luta política às vésperas da Revolução de 1930.
No mesmo ano, sua mãe se transferiu com os nove filhos para Taperoá, onde Ariano Suassuna fez os estudos primários. No sertão paraibano ele se familiarizou com os temas e as formas de expressão que mais tarde viriam a povoar a sua obra.
Filho de João Suassuna e de Rita de Cássia Villar, Ariano estava com um pouco mais de três anos quando seu pai, que havia governado o Estado no período de 1924 a 1928, foi assassinado no Rio de Janeiro, em conseqüência da luta política às vésperas da Revolução de 1930.
No mesmo ano, sua mãe se transferiu com os nove filhos para Taperoá, onde Ariano Suassuna fez os estudos primários. No sertão paraibano ele se familiarizou com os temas e as formas de expressão que mais tarde viriam a povoar a sua obra.
Em 1942, a família se mudou para Recife e os primeiros textos de
Ariano foram publicados nos jornais da cidade, enquanto ele ainda fazia
os estudos pré-universitários. Em 1946 Ariano iniciou a Faculdade de
Direito e se ligou ao grupo de jovens escritores e artistas que tinha à
frente Hermilo Borba Filho, com o qual fundou o Teatro do Estudante
Pernambucano. No ano seguinte, Ariano escreveu sua primeira peça, “Uma
Mulher Vestida de Sol”, e com ela ganhou o prêmio Nicolau Carlos Magno.
Após formar-se na Faculdade de Direito, em 1950, passou a dedicar-se também à advocacia. Mudou-se de novo para Taperoá, onde escreveu e montou a peça “Torturas de um Coração”, em 1951. No ano seguinte, voltou a morar em Recife. O ‘Auto da Compadecida’ (1955), encenado em 1957 pelo Teatro Adolescente do Recife, conquistou a medalha de ouro da Associação Brasileira de Críticos Teatrais. A peça o projetou não só no país como foi traduzida e representada em nove idiomas, além de ser adaptada com enorme sucesso para o cinema.
Após formar-se na Faculdade de Direito, em 1950, passou a dedicar-se também à advocacia. Mudou-se de novo para Taperoá, onde escreveu e montou a peça “Torturas de um Coração”, em 1951. No ano seguinte, voltou a morar em Recife. O ‘Auto da Compadecida’ (1955), encenado em 1957 pelo Teatro Adolescente do Recife, conquistou a medalha de ouro da Associação Brasileira de Críticos Teatrais. A peça o projetou não só no país como foi traduzida e representada em nove idiomas, além de ser adaptada com enorme sucesso para o cinema.
No dia 19 de janeiro de 1957, Ariano se casou com Zélia de Andrade
Lima, com a qual teve seis filhos. Foi membro fundador do Conselho
Federal de Cultura, do qual fez parte de 1967 a 1973 e do Conselho
Estadual de Cultura de Pernambuco, no período de 1968 a 1972.
Em 1969 foi nomeado diretor do Departamento de Extensão Cultural da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, ficando no cargo até 1974. Ariano estava sempre interessado no desenvolvimento e no conhecimento das formas de expressão populares tradicionais e, no dia 18 de outubro de 1970, lançou o Movimento Armorial, com o concerto “Três Séculos de Música Nordestina: do Barroco ao Armorial”, na Igreja de São Pedro dos Clérigos e uma exposição de gravura, pintura e escultura.
O escritor também foi secretário de Educação e Cultura do Recife de 1975 a 1978. Doutorou-se em História pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1976, e foi professor da UFPE por mais de 30 anos, onde ensinou Estética e Teoria do Teatro, Literatura Brasileira e História da Cultura Brasileira.
Em 1969 foi nomeado diretor do Departamento de Extensão Cultural da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, ficando no cargo até 1974. Ariano estava sempre interessado no desenvolvimento e no conhecimento das formas de expressão populares tradicionais e, no dia 18 de outubro de 1970, lançou o Movimento Armorial, com o concerto “Três Séculos de Música Nordestina: do Barroco ao Armorial”, na Igreja de São Pedro dos Clérigos e uma exposição de gravura, pintura e escultura.
O escritor também foi secretário de Educação e Cultura do Recife de 1975 a 1978. Doutorou-se em História pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1976, e foi professor da UFPE por mais de 30 anos, onde ensinou Estética e Teoria do Teatro, Literatura Brasileira e História da Cultura Brasileira.
Seu “Romance da Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai e Volta”
publicado originalmente em 1971 teve a primeira edição. Relançado
somente em 2005 teve sua segunda edição esgotada em menos de um mês, o
que é uma coisa rara para um volume de quase 800 páginas.
Haceldama Borba
apipb.com.br
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