Pastor é preso por abuso de jovens em rito; Vítimas alegam ter genitália tocada com óleo de unção
Segundo a delegada Graciela Ambrósio, Cruz foi denunciado pelo pai das
duas adolescentes depois que uma delas supostamente estranhou o modo
como ele agia durante um rito em que prometia libertação espiritual. Ele
alegou que o pastor passava a mão nos seios e no órgão genital delas
durante uma unção com óleo, segundo Graciela.
“A família tinha uma relação de confiança com o pastor. As meninas
frequentavam a igreja de segunda a domingo e ficavam em casa sozinhas ou
iam para o grupo de oração na casa do pastor. Ele falava que tinha o
dom de tirar o espírito da sensualidade”, disse.
De acordo com a delegada, a mais jovem das vítimas, de apenas 12 anos,
era submetida ao mesmo rito desde o ano passado, mas apenas confirmou as
denúncias depois que a irmã mais velha, de 15 anos, teve a mesma
experiência. “Ele encontrava as meninas sozinhas, levava para o quarto,
usava um óleo e falava que era para ungir. Com a menina de 12 anos era
desde outubro do ano passado. Na última sexta-feira (22), também fez com
a menina de 15. Então ela achou que não estava certo e contou para o
pai dela.”
Desde o início das investigações sobre o caso, a DDM obteve denúncias de
outras duas jovens, de 21 e 22 anos, que também disseram terem sido
abusadas por Cruz. Graciela afirmou que até a conclusão do inquérito
tentará descobrir outras possíveis vítimas. “As outras duas confirmam
que ele fez a mesma coisa”.
No inquérito policial, o pastor é investigado por estupro de vulnerável,
no caso da adolescente de 12 anos, e por posse sexual mediante fraude,
no caso das outras três denunciantes.
Pastor nega denúncias
Procurado pelo G1, o advogado de defesa do pastor, Brás Porfírio
Siqueira, afirmou que Cruz nega todas as alegações contra ele. Ele disse
que aguarda o encerramento do inquérito para entrar com pedido de
liberdade provisória. Caso não consiga, encaminhará à Justiça uma
solicitação de habeas corpus. ”O pastor não fez nada. Ele nega todos os
fatos. É a acusação delas contra a palavra dele”, afirmou Siqueira.
com G1
Nenhum comentário: