Reprodução/ Instagran gurgel_bruno
Foto: Chuvas trazem água de volta ao açude Jatobá
Créditos: Reprodução/ Facebook/Vanddyck Silva
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Perspectiva
é de que março e abril possam trazer mais precipitações para regiões
onde as chuvas foram mal distribuídas, como a parte leste do Sertão,
Cariri e Curimataú
As
condições climáticas estão mudando e favorecendo a ocorrência de chuvas
com mais regularidade em alguns municípios da Paraíba, nas regiões do
Alto Sertão, Agreste, Brejo e Litoral. A paisagem de algumas cidades
castigadas pela seca começa a mudar, trazendo esperanças para
agricultores e moradores que estão sofrendo com o desabastecimento
d'água.
O meteorologista Alexandre Magno, da Agência Executiva de
Gestão das Águas (Aesa) informou que essa mudança já era prevista e foi
divulgada durante a reunião climática ocorrida em dezembro de 2013.
"Já
tínhamos relatado que, gradativamente, as condições climáticas iriam se
tornar favoráveis. A mesma coisa foi dita numa reunião mais recente que
aconteceu nos dias 20 e 21 de fevereiro, em Natal, no Rio Grande do
Norte", acrescentou.
Ele informou ainda que as mudanças vêm
ocorrendo e os registros de chuva que acontecem desde meados do mês de
janeiro mostram isso. As condições favoráveis serão mais sentidas nos
meses de março e abril.
Esse período, de acordo com o
meteorologista da Aesa, é o momento em que é depositada a esperança de
melhora no quadro dos principais mananciais do estado.
"Nós já
verificamos que houve uma recuperação gradativa dos mananciais, mesmo
que ainda com uma quantidade não muito significativa. O período vem
favorecendo à ocorrência de chuvas e isso nos deixa confiantes e com
boas perspectivas" analisou.
Ele citou mananciais como o
Boqueirão, em Campina Grande e o açude de Coremas, no Sertão, que
receberam água das últimas chuvas, possibilitando a manutenção das
reservas. Outro manancial que estava quase que completamente seco, o
Jatobá, no município de Patos, também tomou uma quantidade de água que
deixou moradores da cidade mais confiantes e esperançosos em relação aos
próximos meses.
A
perspectiva é de que março e abril possam trazer mais precipitações
para regiões onde as chuvas foram mal distribuídas, como a parte leste
do Sertão, Cariri e Curimataú.
Para o meteorologista Alexandre
Magno, o período será importante principalmente por conta da seca
registrada nos anos de 2012 e 2013, que resultou numa irregularidade
pluviométrica tão acentuada que acabou provocando a diminuição dos
níveis dos mananciais e o consequente desabastecimento de grande parte
das cidades, no Sertão e Cariri e Curimataú.
Alexandre Magno
informou ainda que após março e abril, que correspondem aos meses
chuvosos, a tendência será a diminuição das precipitações e a volta da
escassez das chuvas, comum à região Nordeste.
O meteorologista,
no entanto, disse que não há como prever se os mananciais poderão ser
recarregados de forma satisfatória e se as chuvas acontecerão com maior
regularidade em locais onde ainda não choveu significativamente.
"O
que podemos dizer é que a tendência é favorável e que há possibilidade
de as precipitações atingirem a média dos municípios, uma vez que já
registramos cidades em que choveu acima da média, inclusive", explicou.
De
acordo com a Aesa, em fevereiro houve chuvas significativas em alguns
municípios principalmente do Sertão do estado, como Mato Grosso, com 247
mm acumulados; São João do Rio do Peixe e Antenor Navarro, com 229 mm;
Bom Jesus, com 219 mm; Jericó, 200 mm; Cajazeiras 192 mm; Santa Helena,
177mm e São José de Piranhas, 165 mm.
No Curimataú, o município
com maior precipitação é Nova Floresta, que acumulou 178mm. Já na região
do Agreste, o destaque foi para Mari, com 209 mm, e Salgado de São
Felix, com 192 mm acumulados durante o mês de fevereiro.
Por Luciana Rodrigues/Portal Correio
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