PF paralisa atividades por três dias e emissão de passaportes está comprometida
Para esta terça-feira está marcada uma passeada com a presença do elefante branco
A liberação de certificado de registro de arma,
alvará de funcionamento, liberação para compra e emissão de passaporte
estão comprometidos com a paralisação dos servidores da Polícia Federal
em todo o país. Este último será apenas emitido com restrição e
necessidade médica comprovada. Na Paraíba, os agentes, escrivães e
papiloscopistas estão concentrados desde às 9h na Superintendência
Regional, as margens da BR-230, município de Cabedelo. Os servidores das
delegacias regionais – Campina Grande e Patos também aderiram ao
movimento.
Durante o período de greve, os serviços essenciais prestados pela
Polícia Federal, como prisão em flagrante e transporte de presos para
audiências feitas via requisição judicial, serão mantidos com 30% do
efetivo. Um efefante branco foi erguido pelos grevistas na frente da
superintendência.
Para esta terça-feira, segundo dia da paralisação está prevista uma
passeata com saída da sede do Sindicato dos Policiai Federais, no Bairro
da Torre com destino ao Parque Solon de Lucena (Lagoa).
Segundo o vice-presidente do Sindef, Tércio Fagundes Caldas, a
paralisação acontece a nível nacional e faz parte do calendário
elaborado em janeiro com paralisações em fevereiro e março. O movimento
acontece hoje, amanhã e na quinta-feira.
Tércio informou que entre as reivindicações propostas pelos
funcionários da PF, a principal reclamação diz respeito a uma denúncia
contra o Governo Federal. De acordo com o comunicado oficial da
categoria, a Polícia Federal tem sofrido redução na sua estrutura de
trabalho e desvalorização de seus servidores policiais. Os servidores
apontam que a paralisação afeta diretamente os serviços prestados à
população, uma vez que o número de prisões e indiciamentos reduz
drasticamente a cada ano.
Os servidores sofrem com o que eles apontam como o maior congelamento
salarial da história com o governo federal - ao todo, sete anos. O
último reajuste simbólico foi de 3,4% em 2009 e eles relatam perdas
salariais superiores a 40%.
A mobilização pede a reforma no sistema de segurança pública, além de
denunciar a falta de estrutura para a realização dos serviços durante a
realização da Copa do Mundo, em junho deste ano.
Cardoso Filho
WSCOM Online
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