CLASSICO DOS MAIORAIS: Treze e Campinense disputam liderança do Estadual
Mais
de meio século de rivalidade e a liderança do segundo turno do
Campeonato Paraibano em jogo na partida de uma torcida só. É com esse
clima que movimenta toda a cidade, que Treze e Campinense entram em
campo neste domingo para protagonizar mais um capítulo de um dos
confrontos de maior rivalidade do futebol brasileiro. Treze e Campinense
se enfrentam no gramado do Estádio Presidente Vargas, às 17h, para
protagonizarem o primeiro Clássico dos Maiorias do ano. Será o jogo da
paixão e da maior rivalidade do futebol paraibano. Depois de 14 anos a
partida volta a ser disputada no PV, a “terreiro” do Galo.
Além de todo o emocional que já envolve um grande clássico, a partida
de uma torcida só, promete ser ainda mais acirrada por conta da disputa
pelas primeiras colocações do Campeonato Paraibano. Atualmente, a Raposa
liderança o segundo turno da competição com 11 pontos. O Galo por sua,
vez ocupa a 3ª colocação da tabela com 9 pontos. Quem vencer dá um
grande passo para entrar no G2 e garantir vaga na final do certame,
juntamente com o CSP e o Auto Esporte. Em 2013, os dois times se
enfrentaram duas vezes. No primeiro duelo, o Galo levou a melhor e
venceu o Campeão do Nordeste por 4 x 0. No segundo confronto, a Raposa
deu o troco e venceu por 1 x 0 mas foi eliminada do Estadual.
Os dois times estão confiantes para o primeiro duelo deste ano. O
técnico galista, Leandro Campos, confia nas experiências vividas em
rivalidades de outras praças para fazer o time da casa se sair bem.
Por outro lado, Freitas Nascimento carrega na bagagem 16 clássicos,
tanto de um lado como do outro. O técnico raposeiro acredita que é
experiente o suficiente para tirar proveito do clima hostil do PV.
Será o clássico de número 388. O primeiro embate aconteceu no dia 27 de
novembro de 1955 no Estádio Presidente Vargas, casa do Treze, e foi
vencido por 3 a 0 pela equipe galista, que tem uma boa vantagem sobre o
Campinense.
No retrospecto do clássico, o Alvinegro soma 135 vitórias contra 101 do
Rubro-Negro. O número de empates é de 151, o que prova o acirramento no
confronto que literalmente para a cidade de Campina Grande. No número de
gols marcados, a vantagem também é trezeana. O alvinegro marcou 484
gols do Treze, contra 427 do Campinense.
No entanto, a artilharia do confronto cabe ao ponta-esquerda Valnir, que jogou pelo Campinense na década de 70.
Os dois times já decidiram 15 campeonatos estaduais. Mas em finais, a
Raposa leva ampla vantagem. Dos 17 títulos já conquistados pelo
Campinense em sua história, em dez o derrotado na grande final foi o
arquirrival (incluindo quatro vitórias seguidas entre 1961 e 1964).
Já o Treze venceu 15 campeonatos, mas apenas cinco em cima do time
rubro-negro. O detalhe, no entanto, é que foi no ano passado a última
vez que o Galo venceu a Raposa numa final. Em sentido contrário, a
última vez que o Campinense sentiu o prazer de vencer o Treze numa final
foi em 2008 (assista aos dois vídeos, acima e ao lado, com a última
conquista de cada um dos clubes).
Curiosidade - Devido a grande rivalidade entre os dois clubes, o
Campinense simplesmente baniu a camisa 13 do seu uniforme, como uma
forma de não fazer nenhuma menção ao rival. Já o Treze recomenda que
ninguém vá à sua sede usando camisas vermelhas, também para impedir que a
cor do adversário seja vista em território alvinegro. Já o torcedor do
Galo, ao falar sobre sua naturalidade, se diz "campinagrandense", nunca
"campinense", como manda a regra.
Quanto à denominação “Maiorais”, ela foi criada pelo radialista
campinense Joselito Lucena, que, no inicio da década de 70, atribuiu ao
clássico o feito de conseguir as maiores arrecadações de bilheteria em
jogos do Campeonato Paraibano.
O clássico já decidiu inúmeros campeonatos e juntos, Treze e Campinense
detém o maior números de títulos estaduais da Paraíba, fato raro no
Brasil, em que os times da capital do Estado, geralmente detém a
hegemonia no futebol local.
Prováveis escalações
Treze: Gilson, Hudson, Douglas, Negretti e Júnior Barbosa (Eduardo
Arroz); Leanderson, Sapé, Fernandes e Birungueta; Jailson e Fabinho
Cambalhota. Técnico: Leandro Campos.
Campinense: Rodrigão, Márcio Alemão, Edson Veneno e Ittalo (Moacri); Zé
Leandro, Basílio, Marielson, Renato Medeiros e Badé; Valdo e Rodrigo
Dantas. Técnico: Freitas Nascimento.
PBAgora
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