Web tem 1,5 mil novas ameaças a cada hora
Estudos apontam o surgimento de mais de 1.500 programas maliciosos a cada hora na internet, diz professor.
Facilidades e mais facilidades. É inegável que os computadores foram responsáveis por grandes revoluções na sociedade.
Entretanto, nem tudo reflete confiança. Junto do progresso cada vez
mais acelerado das tecnologias vêm também alguns problemas. Vírus,
worms, cavalos de tróia, spams, entre outros: são diversos os mecanismos
criados por programadores mal intencionados para infectar máquinas e
prejudicar usuários.
Conforme o especialista em segurança da informação e professor do
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) e
da Faculdade Estácio Leandro Almeida, estudos apontam o surgimento de
mais de 1.500 programas maliciosos a cada hora na internet.
O professor alerta que as consequências destes comportamentos
viróticos nos computadores diferem em relação ao tipo de software
malicioso. “Estes indícios poderão ser desde o envio de informações
sigilosas, como senhas e arquivos importantes do sistema, para o cracker
('o hacker do mal') até o travamento total do sistema operacional”,
considera.
Para ele, além da conscientização e do bom senso, a utilização de
antivírus é apenas um dos vários procedimentos necessários para proteger
as máquinas de ações nocivas.
“Fazer com que as pessoas consigam utilizar os sistemas
computacionais com prudência é o grande desafio. Outro ponto importante
que posso frisar é a utilização de sistemas originais. A utilização de
softwares piratas está intimamente ligada com a probabilidade de
infecção”, afirma.
Segundo Almeida, o software falsificado não permite que o sistema
baixe regularmente as atualizações de segurança e corrija os problemas
explorados pelos vírus, representando grandes transtornos, tendo em
vista a velocidade de surgimento de novos programas maliciosos.
Ainda de acordo com ele, quem segue estas recomendações, possui um
bom antivírus, porém continua se sentindo inseguro com a proteção do
computador, pode buscar facilmente complementos eficazes na própria
rede. “Caso o usuário desconfie que existe algum comportamento anômalo
em seu computador, ele pode utilizar um escaneamento online de um outro
produto de antivírus. Muitas soluções de antivírus permitem o
escaneamento online”, explica.
Ele acrescenta, entretanto, que outras ações mais específicas para
eliminar elementos maliciosos devem ser desenvolvidas por um
profissional capacitado da área de informática. “A limpeza manual só
deve ser realizada por um especialista em segurança. Este procedimento,
quando mal realizado, pode comprometer o funcionamento do sistema
operacional”, alerta, frisando que um monitoramento contínuo do
computador é primordial.
SMARTPHONES E TABLETS SÃO ALVOS DE ATAQUES
Atualmente tão relevantes quanto computadores e notebooks, os
tablets e smartphones também viraram focos de ataques de softwares
maliciosos. Uma das razões para tal mudança é o tempo empregado nestes
equipamentos, que gradativamente vem aumentando, como analisa Leandro
Almeida. “Nestes dispositivos, o roubo de informações confidenciais e a
utilização do aparelho como um bot (robô controlado) por um cracker
para realizar um ataque de maior proporção são as principais
possibilidades”, relata.
O professor menciona que já se encontram disponíveis para os
aparelhos portáteis vários aplicativos de proteção. “Muitos fabricantes
já disponibilizam versões específicas para estas plataformas. Além
destes aplicativos especializados, a recomendação é sempre instalar
novos aplicativos a partir das lojas oficiais de seus fabricantes”,
sugere.
Em relação à limpeza e desinfecção de tablets e celulares, Almeida
destaca que não existem grandes diferenças com o processo realizado em
um computador convencional. “O software antivírus irá detectar o
comportamento anômalo no dispositivo móvel e irá colocar o vírus em uma
espécie de quarentena até realizar a exclusão total”, conclui.
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