Quilombolas e Marinha voltam a discutir impasse sobre área na Bahia
Representantes do MPF/BA ajudarão nas negociações, na reunião na sede do MPF
Representantes dos quilombolas do Rio dos Macacos e
do Ministério da Defesa voltam a se reunir hoje (6) para discutir a
permanência da comunidade em uma área da Marinha, na Bahia, informou o
Ministério Público Federal no estado (MPF/BA).
No encontro, os quilombolas devem dar uma resposta à proposta feita
pelo governo na última reunião, no dia 11 de março deste ano, de ceder à
comunidade 86 hectares de terra da área reivindicada.
O governo também propôs a construção de uma estrada para que os
quilombolas tenham acesso independente ao local. Atualmente, os
moradores precisam passar por portaria controlada pela Marinha para ter
acesso à área, o que provocou tensões entre militares e quilombolas.
Representantes do MPF/BA ajudarão nas negociações, na reunião
prevista para começar às 10h, na sede do MPF, na Vila Naval da Barragem,
na região metropolitana de Salvador.
A comunidade fica no município de Simões Filho, região metropolitana
da capital baiana, e é objeto de uma disputa entre a Marinha, que
considera a terra de sua propriedade, e os quilombolas. O terreno é
vizinho da Base Naval de Aratu, na Praia de Inema. Desde 2010, a Marinha
pretende ampliar as instalações da base, onde residem famílias de
militares.
De acordo com o MPF, vão participar também da audiência o chefe de
gabinete do Ministério da Defesa, Antônio Thomaz Lessa, e representantes
da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial, da Secretaria
Nacional de Articulação Social da Presidência da República, da
Associação dos Advogados dos Trabalhadores Rurais e da Defensoria
Pública da União.
Agência Brasil
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