Ensino superior recebe mais mulheres do que homens
Segundo o Censo 2010, das 400.653 pessoas que cursavam universidade na PB, 56% eram do sexo feminino.
Conquistas como emancipação financeira, melhores espaços no
mercado de trabalho e a possibilidade de melhor qualificação têm feito
com que cada vez mais mulheres ingressem no ensino superior, chegando a
superar a quantidade de homens com essa escolaridade. Somente em 2010,
das 400.653 pessoas que cursavam o ensino superior, 56%, o equivalente a
228.152 pessoas, eram mulheres. Os dados são referentes a pessoas com
25 anos ou mais e fazem parte da pesquisa 'Estatísticas de Gênero: uma
análise dos resultados do Censo Demográfico 2010', do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ainda conforme a pesquisa, essa é uma tendência que se perpetua com o
passar dos anos. Conforme dados do IBGE relativos ao ano 2000, do total
de pessoas que cursavam o ensino superior, 185.232 pessoas, 59.6% eram
mulheres, o equivalente a 110.509 pessoas.
Para o diretor do campus V da Universidade Estadual da Paraíba
(UEPB), Francisco Mendonça, a presença maciça de mulheres nas escolas de
ensino superior se deve a fatores que passam pela conquista de direitos
e têm seu cerne na sua busca pela independência. “As mulheres têm, cada
vez mais, buscado seu espaço e nos últimos 10 anos isso tem se tornado
ainda mais evidente. A mulher, a partir do momento que começou a
conquistar seus direitos, percebeu que pode ser independente,
principalmente financeiramente, e o reflexo disso é o sistema social em
que estamos vivendo. As mulheres esperam mais ter sua independência para
poder, por exemplo, casar e ter filhos”, comentou.
Na UEPB, é possível se observar isso com bastante evidência, conforme
o diretor do Campus V. Segundo ele, houve uma quebra de preconceitos
inclusive em campos de trabalho que eram, em outros tempos, mais
característicos dos homens.
“Vemos, atualmente, mulheres em reitorias de universidades, mulher
presidente do nosso país, mulheres engenheiras e ocupando áreas das
ciências exatas. Vemos cada vez mais mulheres galgando espaços de
destaque em instituições e isso é reflexo dessa busca cada vez maior
delas por sua emancipação”, complementou.
REALIDADE É OBSERVADA EM SALA DE AULA
E nas universidades os alunos observam essa propensão de mulheres cada vez mais ocupando as salas de aula das instituições. O estudante de Medicina da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Iury Gomes é um desses. Ao ser questionado quanto à presença de mulheres nas universidades, ele prontamente afirmou: “com certeza tem mais mulher”. Em sua opinião, ao observar a realidade do seu curso, isso se deve ao interesse delas pela área. Ele ainda destacou que, no decorrer da profissão, também tem áreas que elas ocupam de forma mais ampla. “Tem algumas especialidades na Medicina que têm um certo preconceito caso os homens cursem e, assim, acabam tendo mais profissionais do sexo feminino por esse motivo”, comentou.
E nas universidades os alunos observam essa propensão de mulheres cada vez mais ocupando as salas de aula das instituições. O estudante de Medicina da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Iury Gomes é um desses. Ao ser questionado quanto à presença de mulheres nas universidades, ele prontamente afirmou: “com certeza tem mais mulher”. Em sua opinião, ao observar a realidade do seu curso, isso se deve ao interesse delas pela área. Ele ainda destacou que, no decorrer da profissão, também tem áreas que elas ocupam de forma mais ampla. “Tem algumas especialidades na Medicina que têm um certo preconceito caso os homens cursem e, assim, acabam tendo mais profissionais do sexo feminino por esse motivo”, comentou.
A estudante de Medicina Liana Lima, comentou que acredita que isso
não seja uma tendência, visto que ela acredita que sejam equivalentes os
números de alunos. “Eu não vejo isso no meu curso, mas acho que a área
de Enfermagem deve ter muito mais mulher, assim como a área de
Engenharia deve ter mais homens. Eu acredito que é mais para uma questão
de identificação”, disse.
A estudante de Ciências Sociais Estefane Dantas não vê muita
diferença. “Eu acho que quando entramos no curso muitos homens entram
também, ficando quase que equivalente. Mas tem um porém, com o passar do
tempo eu acho que eles abandonaram mais o curso. Agora que estamos
terminando vemos mais mulheres”, afirmou.Othacya Lopes/JPB
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