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Mortes de funkeiros famosos continuam impunes até cinco anos após os crimes
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015 Posted by Silvano Silva ✔


MCsOs assassinatos dos MC’s Careca, Daleste, Duda do Marapé, Felipe Boladão e Vitinho têm em comum mais do que a brutalidade contra funkeiros que arrastavam legiões de fãs para seus shows. Em nenhum dos casos as investigações policiais foram concluídas — não há sequer um suspeito preso.
Daniel Pellegrino, mais conhecido como MC Daleste, morreu depois de levar um tiro durante um show que fazia em uma quermesse no bairro de São Marcos, em Campinas, em seis de julho de 2013.
Na noite da morte de Daleste, a polícia chegou tarde à cena do crime, o que dificultou a identificação de suspeitos. No início das investigações, chegou-se a suspeitar de que o funkeiro havia sido vítima da vingança de um traficante. Mas a hipótese nunca foi confirmada.
MC Careca, que fora dos palcos trabalhava como cabeleireiro, escrevia canções que exaltavam facções criminosas e provocavam a Polícia Militar. Isso levou à suspeita de que algum policial estivesse envolvido com o crime.
Em abril de 2010, MC Felipe Boladão e MC Felipe da Praia Grande iam até Guarulhos para fazer um show e foram baleados enquanto aguardavam uma carona. Os jovens chegaram a ser socorridos, mas não resistiram aos ferimentos.
Na música Um anjo me disse, Felipe Boladão, diz: “Não consigo entender, porque que Deus quis assim, um anjo me disse e até tentou me avisar, que a morte não manda recado, é um ar de veneno leva sem avisar”.
Eduardo Antônio Lara, mais conhecido como Duda do Marapé (foto), foi baleado em 2011 embaixo do viaduto do Valongo, região conhecida como “A cracolândia de Santos”, no litoral de São Paulo.
Os nove tiros que atingiram o funkeiro foram disparados por dois homens que estavam em cima de uma moto. A pistola dos criminosos era uma .40, calibre usado por policiais militares.
Já MC Vitor CQ, de 22 anos, morreu na última quinta-feira (21), no Guarujá, também no litoral, após ter iniciado uma troca de tiros com policiais militares.
Segundo testemunhas, MC Vitor CQ, implorou para não morrer. Ele era conhecido pelas letras que faziam apologia ao crime e ao consumo de drogas.
O comentarista da TV Record Renato Lombardi atribui a lentidão nas investigações a falhas da polícia. Ele lembra que “cada dia que passa, é uma prova que se vai”.
— A PM trabalhou mal. Não existe crime perfeito, e sim, mal investigado.
Segundo o jornalista, a polícia deveria criar grupos especiais juntamente ao Ministério Público para averiguar melhor os casos de assassinatos.
Da Redação Com R7

Silvano Silva ✔

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