Sem diálogo e com votação apertada, prefeito de Mari/PB impõe reajuste de 9% aos professores; categoria pode deflagrar greve ainda hoje
A
sessão da Câmara Municipal de Mari desta quarta-feira (13) foi bastante
movimentada haja vista a votação do Projeto de Lei que concedeu o
reajuste salarial dos professores da rede oficial do município.
O referido projeto que vinha sendo
discutido desde o final do mês passado foi reenviado pelo Poder
Executivo com a mudança no percentual de aumento que inicialmente foi de
4%, inclusive já tendo sido pago sem autorização da câmara, passando
para 9%, proposta rejeitada pela categoria, que exige outras adequações
ao Plano de Cargos, Carreira e remuneração.
Após uma série de discursos inflamados e
muito bate-boca de vereadores com alguns manifestantes nas galerias, o
projeto de lei do executivo foi aprovado por 5×4, com o voto do vereador
Naldo do Ônibus que havia se comprometido publicamente nas redes
sociais, que estaria votando pelo indicativo da categoria.
Os vereadores que votaram a favor do
Projeto de Lei enviado pelo executivo foram Thiago Cabral, Léo Texeira,
Adriano Cândido – O Bonito – e Vânia de Zú.
Já os vereadores Magdiel Olinto,
Marcones Baltazar, Maria Zélia e Gugu Xavier, este último integrante da
bancada do governo, votaram contra a proposta do executivo.
Após o resultado da votação proclamado
pelo Presidente da Casa, Edvaldo Martins, os professores começaram a
gritar palavras de ordem: “vergonha, vergonha, vergonha!”
Momentos tensos – Em vários momentos da
sessão o clima ficou tenso, principalmente durante as falas dos
vereadores Léo Teixeira e Naldo do Ônibus.
O vereador Naldo abriu o placar a favor
do Governo dizendo que a prefeitura não tinha condições de dar um
aumento maior e que votaria a favor do projeto. A declaração de voto do
parlamentar foi seguida de vaias vindas das galerias.
Durante a sua fala na tribuna da Câmara,
o vereador Léo Teixeira, que é integrante do magistério municipal, foi
provocado por um manifestante na galeria e logo reagiu pedindo respeito e
ao tentar prosseguir, foi interrompido por sonoras vaias. Em resposta
aos manifestantes e visivelmente irritado, Teixeira chegou a dizer que
não foi eleito com voto dos professores e que, portanto tinha a
liberdade de votar como quisesse, apesar de se intitular professor e ser
concursado para a função.
Ao final da sessão, os professores se
dirigiram ao sindicato da categoria – SINDMAR onde articularam para o
final da tarde desta quarta-feira (13) uma assembléia onde deverão
deliberar se iniciam ou não a greve por tempo indeterminado.
Da Redação
Do ExpressoPB
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