Natural da cidade de Guarabira, na região do Brejo paraibano, o
radialista Gilson Ricardo, 44 anos, é um dos destaques dos meios de
comunicação do estado. Atualmente compondo a equipe de profissionais da
TV Câmara (Canal 23 da Net), da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP),
Gilson conta nesta entrevista concedida ao jornalista Jorge Rezende a sua trajetória no rádio e na tevê paraibanos.
Ele começou na radiofonia em 1984, na Rádio Cultura de Guarabira-AM
como apresentador e repórter. Quando da época em que serviu às Forças
Armadas (1986/1987), chegou a ser o cerimonialista do 16º Regimento de
Cavalaria Mecanizada (16º RCMec), em Bayeux, Região metropolitana de
João Pessoa.
Na sua lista de experiências, tem passagens pela Rádio Constelação
FM, Jornal Folha da Paraíba, Rádio Antena 4 de João Pessoa, Rádio
Liberdade FM de Santa Rita, Cabo Branco FM de João Pessoa, Arapuan FM de
João Pessoa, 92 FM de João Pessoa, TV Miramar de João Pessoa,
Comunicação da Assembleia Legislativa da Paraíba, Agência Rádio Web de
Brasília e Programa Tribuna Cristã (programa independente na TV Tambaú).
A seguir, leia a entrevista na íntegra:
- Ser radialista era o que você sempre quis?
- Não. Na minha infância, sempre imaginei ser um piloto de avião, mas
foi apenas um sonho que nunca realizei e não sou frustrado por isso. Na
verdade, a entrada no rádio foi uma coisa rápida, assim também na
televisão, e graças a Deus estou até hoje, apesar de já ter tentado
sair, mas não ter conseguido. É uma coisa que, para quem prova, tirar o
gosto é difícil.
- Foi difícil no início? Alguém lhe abriu as portas?
- Deus abriu as portas. Fui convidado por um vizinho na cidade de
Guarabira, chamado Ângelo Miguel, pertencente a uma família de
profissionais de comunicação, encabeçada pelo jornalista Humberto
Araújo, para fazer um teste de “repórter de pista”, hoje eu nem que sei
que função é, mas não deu certo. Em seguida, fiz o teste para narrador
esportivo e também não logrei êxito. De tanto ficar para lá e para cá
nos corredores, dentro da Rádio Cultura de Guarabira AM, vendo os
locutores dentro do estúdio falando, mandando abraços, e anunciando
músicas, lendo notícias, etc., foi aí que eu pensei: vou me aproximar
deles e ver se consigo alguma coisa. Aproximei-me tanto de um deles que
ele namorou uma de minhas irmãs e foi o ponto principal para avançar.
Não consegui nada com isso. Pra resumir, tive que entrar rapidamente no
grupo de jovens da igreja, que fazia um programa no domingo pela manhã, e
aí mostrar a minha voz e habilidade com o microfone. Aí, sim, deu
certo! Em seguida fui convidado pela direção para tirar férias de um
profissional muito conceituado, que está na ativa até hoje, chamado
Cassiano José. Não foi fácil! Foi tirando férias de um, de outro, que
consegui ocupar espaços no rádio. Gostaria de destacar bem: iniciei
minha vida profissional no rádio, com apenas 14 anos de idade. Minha
Carteira Profissional foi assinada com 14 anos de idade, mas com a
permissão dos meus pais. Naquele tempo, não tinha o Estatuto da Criança e
Adolescente. Em rádio e televisão, já passei por todos os setores,
exceto o de dono. Nesse ramo, o rádio, você tem que ser polivalente!
Tive o prazer de preparar alguns profissionais que hoje estão na ativa e
outros no anonimato.
- O rádio, o jornalismo, a comunicação, caminham com o avanço tecnológico. Como analisa essa realidade?
- Caminham sim, e como caminham. E acrescento: rádio, jornal,
televisão, revistas, sites de informação, estão muito ligados nos
últimos tempos. O engraçado é que um pauta o outro. Lógico que cada um
tem a sua particularidade e grandeza, como, por exemplo, acesso, tempo,
abrangência e um fator essencial: a equipe capacitada para tal. As
pequenas e grandes empresas de comunicação do estado estão mais
dinâmicas e oferecem um “cardápio” para atrair seus ouvintes,
telespectadores e leitores. Tem aí também o Facebook, o Orkut, o MSN e
por aí vai.
- Fez amigos na imprensa e na política, já que esses dois segmentos caminham paralelamente?
- E como fiz! Cada amigo uma experiência de profissionalismo,
cordialidade, sinceridade, aprendizado e irmandade leal e fiel. E com os
injustos e traidores aprendi que nunca valeu a pena enveredar pelos
abismos da desonestidade. Na política, fiz também boas amizades, mas
nunca usei amizade para tirar proveito. Fui assessor de imprensa do
ex-deputado Fausto Oliveira, mas ele nunca soube onde eu morava, minha
vida particular, mas estava ali, para cumprir o meu papel e receber meu
salário digno, e nunca pedi um “centavo a mais”. Trabalhei com ele
quatro anos, ele foi honesto comigo e a recíproca era verdadeira. Sempre
digo; tenho acesso a todos os grupos políticos e com quem lida com esse
segmento, mas sempre cauteloso, pois tem coisa que se escuta, mas não
se divulga, já que a ética diz assim. Graças a Deus, ninguém não tem com
o que me acusar, pelo contrário, tem o meu respeito. Isso não tem
preço!
- Também houve desavenças e decepções? Ficou alguma mágoa?
- Isso é comum na vida e no meio da comunicação não se fala! Quem
nunca sofreu uma decepção no campo profissional? Como vivemos num mundo
onde tapetes são estendidos por muitos e puxados por poucos, temos que
estar sempre preparados, contando com a mão poderosa de Deus para
guardar nossos espaços e pregar os nossos humildes “tapetes”. As mágoas
já foram jogadas para trás e oração sempre presente para aqueles que só
sobem na vida fazendo o seu “próximo” de escada, e ficam sorrindo com a
queda do outro, mas esquecem que, em verem a vida do outro, caem em suas
próprias arapucas.
- Teve alguma fase especial da sua carreira que você destacaria?
- Que pergunta! Fico até emocionado. É preciso um livro com diversos
capítulos para descrever os momentos felizes. Só para se ter uma ideia,
este espaço na Revista A Semana mesmo é um deles, pois está dando um
espaço especial para contar um pouco da minha história… Bem, tive que
pedir dinheiro emprestado, pedir caronas e carregar sacos de tempero nas
costas para chegar ao meu destino, João Pessoa, um grande sonho meu.
Trabalhar com grandes profissionais, e aqui desde já peço perdão por não
relatar todos os nomes, mas todos contribuíram para eu estar aqui. Vale
ressaltar que até com os maus profissionais aprendi também. Sempre
digo; quem disser que sabe tudo na comunicação, este não fala a verdade.
Todo dia aprendemos uma novidade. Tenho aprendido muito nos últimos
anos.
- Mudou muito a forma de se fazer rádio de quando você iniciou para os dias de hoje?
- E como mudou! As programações antigamente eram diferentes. Muito
recente conheci uma senhora que era esposa de um amigo locutor antigo,
já falecido, e ela queria muito me conhecer, e por um acaso tive esse
prazer. Ela fez a seguinte observação: “Gilson, hoje, rádios do interior
não têm mais aquelas programações. Tá tudo mudado!”. Concordo com ela,
mas as emissoras tiveram que se adequar aos novos tempos e os donos de
empresas de comunicação sobrevivem do comércio e órgãos dos governos.
Veja bem, quando comecei, a febre do momento era o “telex”. Hoje temos o
Ipod, Notebook e outros negócios invocados com tecnologia de ponta. As
rádios rodavam comerciais em cartucheiras, fita de rolo, cassetes,
discos de vinil, e hoje são pen drive, disquetes de MDs, CDs, DVDs,
computador… Nossas fontes de notícias no passado eram potentes rádios
tipo Transglobe ou coisa desse tipo, com antenas altas, e tinham
determinado horário para gravar os programas de rádios do Sul do país
(diga-se a ‘Voz do Brasil’), e, em seguida, transcrever tudo em máquina
de datilografia Reminghton. Tudo isso era gravado em fitas rolos. Ufa!
Era pré-história mesmo!
- Teve algum profissional do rádio como espelho? E quais os profissionais que hoje você destacaria da radiofonia paraibana?
- Sim. Sou fã de muitos profissionais e digo que nunca copiei um
deles, pois tenho meu estilo próprio. Lógico, de cada um aprendi um
pouco, e cada um com a sua característica. Cassiano José (Guarabira),
Giovanni Meireles, Marcone Ferreira, Narriman Xavier (hoje advogada em
João Pessoa), Clemilson Sousa(é de Guarabira, mas está em João Pessoa),
Jorgito (João Pessoa), Márcia Cabral (de Guarabira, mas está em João
Pessoa), Nailson Júnior, Napoleão de Castro, Airton José (Bolinha),
Cardivando de Oliveira, Antônio Malvino, Gutemberg Cardoso, Heron Cid
(João Pessoa), Nilvan Ferreira, Fabiano Gomes, Rui Dantas e outros.
Gostaria de destacar novos profissionais que estão aí fazendo um
trabalho sério, e que peço a Deus que as emissoras do Sul do país
observem com atenção. Falo de Heron Cid, do Sistema Correio, que é
polivalente, tem seu brilho próprio, e que promete. O outro é o Anderson
Soares, da TV Arapuan. Outro polivalente e sério. Existem outros
profissionais que estão ocupando seus espaços, e muitas das vezes
esquecidos. Wellington Farias, o “língua de tesoura”, muito bem lembrado
por Fabiano Gomes. E finalmente o DJ Jorgito, que é talentoso e deve
ter o seu espaço. Destaco uma figura que é uma figura inoxidável e que
desejo vê-lo no rádio. Falo de você, Jorge Rezende. Pessoa de total
confiança e que aposto no seu trabalho, pois o tenho como uma referência
profissional e pessoal.
- Você é considerado como uma das melhores vozes do rádio paraibano. O que acha disso?
- Fico até vermelho… Encabulado… Coisa boa é ser reconhecido! Já
aconteceu algumas vezes de chegar em determinado lugar e a pessoa, sem
me ver, logo identificar-me pela voz. É legal! Estava num encontro de
casais com Cristo e, em dado momento, ouvi uma mensagem gravada, longe
da voz de Cid Moreira, e fiquei surpreso, já que era a minha voz, usada
por centenas de vezes nesse tipo de evento. Até pedi para regravar, já
que a gravação era antiga. Graças a Deus, já fiz diversas gravações de
comerciais para rádio, televisão e até para rádio difusora, que, diga-se
de passagem, é uma escola para quem quer começar. Também tive episódios
engraçados, tipo a pessoa chegar e dizer: “Olha, ouvi tua voz lá em
Campina Grande”; e em outras cidades, quando na verdade algumas vozes
não são a minha. São de companheiros que também têm um timbre de voz
parecido com a minha. Em 1985, estando de passagem por João Pessoa,
liguei para a Rádio Cultura de Guarabira para falar com alguém de lá e a
telefonista me atendeu dizendo; “Oi, Gilson Souto Maior, tudo bem?”.
Fiquei feliz por ser confundido com ele e não contei conversa, tive que
seguir a conversa me passando por essa referência, figura inoxidável que
é o Gilson Souto Maior. Depois desfiz o nó que dei na telefonista.
- Qual a avaliação que você faz do rádio e dos profissionais de hoje em dia que ocupam os microfones das emissoras?
- Eita… Agora fiquei numa sinuca de bico. Brincadeira. Cada rádio tem
a cara que quer e todo profissional tem o seu brilho. Jamais poderia
criticar quem está lutando para ocupar seu primeiro espaço, tendo ou não
condições para tal. Sempre digo também: ninguém nasce sabendo. Todo
mundo é aprendiz! Muita gente fica entusiasmada quando entra num estúdio
ou escuta o profissional falando. Quer de imediato entrar no rádio.
Conheço pessoas que por entrarem para conhecer uma rádio e como ela
funcionava se apaixonou, e está no ramo até hoje. Eu fui perseverante.
Cheguei a ser convidado a sair de um estúdio, já que ficava colado no
locutor do horário, achando legal sua apresentação no programa. Isso foi
o empurrão que faltava, para iniciar. Disse comigo mesmo: um dia vou
estar aqui dentro desse estúdio sendo locutor. Deus é Deus. Não deu um
mês e realmente entrei no estúdio para ser um profissional. Assim também
foi na vida como jogador de futebol (goleiro) no Guarabira Futebol
Clube, servindo ao mesmo tempo para as categorias infantil, juvenil,
amador e profissional do mesmo time. Imaginem uma criança com 14 anos
sendo radialista e ao mesmo tempo jogador dessas categorias?
- O que é mais importante para um programa radiofônico: a
polêmica que aumenta a audiência ou informação mais formal e prestação
de serviço?
- Quando se pensa numa programação, primeiro tem que saber a sua
finalidade (musical, jornalística, evangélica etc.). Segundo, o seu
público alvo (jovens, adultos, mulheres, homens, crianças). É importante
definir os tipos de programas. Ou seja, para cada horário tem sua
característica. Antigamente, das 6h às 8h, era usado para música
regional, tipo forró e sertanejo. Hoje é usado tão somente para
programas jornalísticos. Das 12h às 13h era muito usado como resenha
esportiva; e às 13h (em alguns casos às 15h), era usado para jornalismo,
não no formato que é hoje, mas com leitura de notícias e curtas
entrevistas de autoridades. O que mais o povo gosta e alguns perdem
audiência por não aplicarem isso é um pouco de cada coisa. Tem muita
música porcaria tocando nas programações, ainda “enlatadas”. A prestação
de serviços é fundamental numa programação e cada cidade tem a sua
regionalidade! Quanto à informação, sempre tive comigo o seguinte: dou a
notícia como ela é, sem maquiagem, doa a quem doer, e quem for podre,
que se quebre. A mescla é fundamental numa programação, e sem esquecer a
prestação de serviço. Se você olha o que manda a lei que ordena as
rádios, vai perceber o que mudou, de lá para cá.
- Você também enveredou pelos caminhos da tevê. Como isso aconteceu?
- A minha entrada na televisão aconteceu após um teste que fiz no ano
de 1988, na Oficina de Propaganda, para apresentar um programa de
televendas de computadores, que era exibido na TV Cabo Branco. Depois
fui fazer outro programa na TV O Norte, sendo horário de terceiros. E
por aí surgiram propostas de comerciais. Ainda trabalhei na TV Miramar
como apresentador e repórter, onde aprendi muito. Hoje estou na TV
Câmara de João Pessoa e continuo aprendendo. É uma experiência
excelente, além de conhecer pessoas maravilhosas.
- Tem alguma preferência entre o rádio e a tevê?
- Escuto todos os programas de rádio que posso. Tenho as minhas
preferências, mas fico antenado com todas as informações, e prestigiar
meus amigos. Agora, dou preferência a quem comunica a notícia de forma
séria e imparcial, afinal, meus ouvidos só dão atenção ao que presta.
Quanto à televisão, assisto o que é bom. Os lixos de algumas tevês vão
para o lixo. Meus olhos também são preciosos e “porcarias” passam
distantes deles. Sou um radiouvinte e telespectador inteligente, não
perco tempo com “baboseiras”. A comunicação tem que ter conteúdo, se não
tiver, perde audiência.
- Além de profissional da comunicação, você também é
empresário. É um complemento ou a comunicação não dá garantias de bons
salários? Dá para conciliar as duas atividades?
- Já disse para alguns amigos e até mesmo para pessoas que não
conheço, e não tenho vergonha de dizer: quem trabalha sério na
comunicação tem que ter um trabalho paralelo. Ou seja: ter um negócio
próprio. Lógico que existe gente muito séria e que sofre com a nossa
realidade salarial paraibana. Tento conciliar meus dois trabalhos, que
são minhas paixões; a comunicação e a indústria química. Na verdade,
tenho meu comércio até mesmo para complementar e dar segurança no meu
orçamento. Deixo claro que não sou contra o profissional de comunicação
que recebe remuneração de agentes políticos ou públicos, mesmo porque
ele é livre para ter uma assessoria ou ter um serviço honesto extra. O
que não concordo é com a extorsão para obter algo. Vivemos em dias
difíceis e cada um leva a vida lutando honestamente.
- Se arrepende de algo do passado? Faria alguma coisa diferente?
- Não tenho arrependimentos. Puxaram muito meus tapetes, mas tirei
proveito dessas situações. Tapei muitos buracos, quebrei muitos galhos,
vesti muito as camisas, aprendi quase tudo no rádio e na tevê, mas não
me arrependo do que passei. Tudo isso me fez madurecer, e ver a vida com
outros olhos. Tenho a absolutíssima certeza de que fiz e faço tudo
corretamente, durmo tranquilo, e sei que minha esposa e filhas jamais
dirão que consegui algo com desonestidade, e com expedientes baixos.
- O que ainda não fez, mas tem planos para isso?
- Tenho ainda muitos projetos. Penso em voltar para a televisão
comercial, mas para outros formatos de programas. Algumas pessoas quando
me encontram nas ruas dizem: aquele programa que você fazia, quando
volta ao ar? Como era bom! Fico todo sem jeito, pois foram projetos que
deram certo, mas, infelizmente, dependia muito de comerciais e eu não
sou vendedor de comerciais. Programa de televisão tem os custos elevados
e isso dificulta uma produção.
- Qual o conselho que daria para quem está começando no rádio ou na tevê?
- São muitos os conselhos. De início, a melhor forma de você aprender
é com o dia-a-dia. Você aprende 50% numa universidade, os outros 50%
são na prática. Esses percentuais geralmente variam. O profissional deve
ser ele mesmo, pois copiar o outro leva você ao ridículo, e sua
identidade profissional perde a credibilidade. Não esquecer que tudo é
passageiro, que a fila anda e que, da mesma forma que existem
profissionais para ler a notícia para a população, existem
“profissionais” que preferem jogar o que não presta e fede no
ventilador. Não faça de seu trabalho um trampolim, pois vem alguém e
tira a água da piscina. Não aceite propinas para elogiar ou atingir
alguém. Com o tempo, você não terá acesso às informações sérias, além de
ser tachado de “toqueiro”. Trabalhe as informações que recebe e nunca
suje suas fontes. Não seja de primeira informação, para não dar
“barrigadas” nas informações. Respeite todo o cidadão, independente de
suas posições ou conceitos. Cuidado para não conseguir registro
profissional de forma “ilícita”, já que por aí têm entidades que não se
preocupam com a formação e sim na remuneração do curso, e se perpetuam
nos cargos. São perpétuos mercenários, que aumentam seu patrimônio
dia-a-dia. Dê a notícia do jeito que ela é, não faça maquiagem para
agradar a “A” ou a “B”. Acredite nas suas convicções, mas toda cautela é
pouca
Haceldama Borba.
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