Governo do DF diz que filha visitou Dirceu por suspeita de greve de fome
Ex-ministro cumpre pena de 7 anos e 11 meses após julgamento do mensalão
A Secretaria de Comunicação do governo do Distrito
Federal informou em nota nesta sexta-feira (9) que Joana Saragoça, filha
do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, visitou o pai na
Penitenciária da Papuda, em Brasília, por suspeita de que ele estaria
fazendo greve de fome.
Segundo reportagem publicada pelo jornal "Folha de S.Paulo" nesta
sexta, Joana "furou a fila" de visitantes na quarta-feira (7) para
visitar Dirceu. Ainda de acordo com a publicação, ela chegou ao presídio
em carro com "placas frias", usado normalmente em operações sigilosas
de Estado. O veículo foi conduzido por um servidor da Subsecretaria do
Sistema Penitenciário (Sesipe) do Distrito Federal.
Dirceu está preso desde 15 de novembro do ano passado, após ter sido
condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão do
PT. Atualmente, ele cumpre pena de 7 anos e 11 meses em regime
semiaberto pelo crime de corrupção ativa.
"A srta. Joana Saragoça manifestou preocupação em ir até o presídio
por estar se sentindo insegura. Por isso, a inteligência da Sesipe a
levou, em dia e horário de visitas, em carro descaracterizado, para que
ela se encontrasse com José Dirceu", diz a nota divulgada pelo governo
do DF.
De acordo com a Secretaria de Comunicação, Joana foi "convidada" a ir
ao complexo da Papuda e "colaborar" com a investigação sobre a suspeita
de que o ex-ministro da Casa Civil estaria em greve de fome. Na nota, o
governo do Distrito Federal informou que as notícias sobre a suposta
recusa de Dirceu em se alimentar tiveram repercussão na Papuda.
"Notícias veiculadas na mídia davam conta de uma suposta
possibilidade de greve de fome por parte de José Dirceu. A inteligência
da Sesipe verificou que essas 'notícias' estavam tendo repercussão no
presídio, o que poderia causar uma insegurança no sistema prisional. Por
esse motivo, a inteligência da Sesipe procurou a srta. Joana Soragoça e
a convidou a colaborar com a investigação desse fato", diz a nota.
Ainda segundo o documento, Joana relatou à Sesipe que as informações
sobre a suposta greve de fome do pai são "inverídicas" e que o
ex-ministro "nunca deixou de cumprir" as regras do presídio.
G1
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