“O sr. não sabe o que é não sentar em uma praça, não poder ir a uma festa, não frequentar um bar”, desabafa Presidente de Rádio Comunitária da PB
A discussão em torno da demissão sumária por parte do governo local de uma médica concursada na cidade de Mari, Zona da Mata da PB, ganhou desdobramentos e revelações talvés nunca antes feita nos microfones da Rádio Comunitária Araçá FM, por parte do Presidente da emissora na manhã desta quarta-feira (01) no programa Liberdade de Expressão.
Durante a discussão sobre a demissão da
médica, entendida por muitos como perseguição política, o Assessor de
Comunicação da Prefeitura, o Sr. Acyr Lessa, participou via telefone do
programa e sem ter muitos argumentos para esclarecer os motivos da
referida demissão questionou apenas ao apresentador do programa se a
prefeitura não poderia demitir, já que a rádio teria demitido no passado
comunicadores da emissora.
O assessor continuou a tentar ‘colocar
contra a parede’ o apresentador e como se estivesse exigindo alertou
para que o mesmo fosse ‘imparcial’, o que logo foi retrucado pelo
radialista Marcos Sales: “nesse caso eu tenho lado e não me peça para
ser imparcial porque eu não serei”, disse.
Após a participação do assessor Acyr
Lessa, o Presidente da Araçá FM, Severino Ramo também entrou na
discussão e se dirigiu a Lessa: “Senhor Acyr, no momento o senhor está
comendo ‘filé mion’, o senhor não sabe o que é ser perseguido. Minha
esposa de “resguarde” foi demitida, mesmo sendo concursada, pelo então
prefeito Zé de Melo (falecido), eu sei o que é isso”, disse Ramo.
Ao reprovar as práticas de perseguição
implantadas na cidade de Mari pela atual administração, Ramos revelou
que paga um preço caro por combater esse tipo de prática que se encravou
nos bastidores do poder local: ” o senhor não sabe o que é um cidadão
não sentar em uma praça, não poder ir a uma festa, não frequentar um
bar”, desabafou Ramos para em seguida reafirmar o posicionamento da
rádio: “a rádio enquanto eu estiver à frente terá partido sim – o do
povo”, asseverou o Presidente que em seguida negou que tenha havido
demissão na rádio, já que a emissora comunitária não contrata
radialistas, os que apresentam programas na casa são voluntários.
A atual governo municipal desde de 2013
já conseguiu expulsar do quadro de servidores do município um agente de
saúde, uma supervisora escolar, uma médica e existe em andamento uma
série de processos administrativos, todos contra a servidores tidos como
adversários do prefeito.
Da Redação
Do ExpressoPB
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